31.1.07

REPÚBLICA ASSASSINA!

Faz amanhã 99 anos que os sanguinários republicanos mataram o Rei D. Carlos e o Príncipe Real D. Luíz Filipe.
Concentração de homenagem no Terreiro do Paço, às 17 horas!

VIVA O REI!

Cinismos abortistas

Assisti ontem ao programa da RTP Prós e Contras cujo tema, como se sabe, era o próximo referendo do dia 11. O debate pareceu-me bastante interessante e, sobretudo, esclarecedor das verdadeiras motivações dos defensores do “sim”. Fiquei particularmente impressionado com a inteligência associada à perversidade e à perfídia do “Goebbels” da república, Vital Moreira, o que diz muito da formação e dos valores das elites deste regime, que é de génese criminosa e sanguinária. A forma exímia e cínica como subverte o sentido das palavras dos seus opositores é revelador de um espírito totalitário de alguém que no fundo continua a ser um comunista e que chegou ao requinte de comparar a licitude de se matar em legítima defesa com a de se matar um inocente no útero da mãe. Vital Moreira e outros defensores do “sim” referem que a não aprovação desta liberalização é um motivo de atraso para Portugal. Que triste noção de progresso, de um continente que é cada vez mais insignificante mundialmente. Não é por acaso que a maioria das pessoas que defendem o aborto são, ou estão próximas, do campo socialista, isto pela simplicíssima razão que a noção de eliminação física de seres humanos é algo de inerente às doutrinas socialistas de Marx, Engels, Bernard Shaw (que considerava que um estado socialista tinha o direito de matar todos os que não lhe fossem úteis), Lenine, Hitler, Staline, Mão, Pol Pot. No caso dos três primeiros defenderam-na no plano teórico e os outros praticaram-no como todos sabemos. A eterna justificação do aborto por razões económicas reveladora de uma indigência de argumentos, como o fez a Catarina Furtado, faz-me pensar na cena de uma mãe no hospital com a declaração de IRS na mão para poder abortar, ou então a instalação de pelotões de fuzilamento nos bairros de lata para erradicar o problema da pobreza (e de todos os outros dessas populações). Nesse aspecto o testemunho do rapaz, que foi educado numa instituição, e que teve a coragem de o dizer olhos nos olhos à Catarina, que nesse momento como a câmara o mostrou virou a cara para o lado, destruiu muito bem esse tipo de argumentação “boazinha” que nos evoca as boas razões do Hitler para executar os atrasados mentais. Finalmente saliente-se a FABULOSA intervenção do rapaz negro (peço desculpa por não me lembrar do seu nome) que foi de uma clareza e de um brilhantismo exemplares não deixando qualquer margem para dúvida com o que está em jogo e salientando sempre bem a importância de pensarmos nos DOIS seres que estão em jogo não podendo dar a um o direito de decidir levianamente sobre o direito à vida do outro.

29.1.07

No Caminho da Vida (PNR)

Não sei em pormenor o que se passou ontem em Lisboa na Caminhada pela Vida (CPV) relactivamente à participação do PNR, mas não me abstenho de formular uma opinião muito critica sobre esta situação.
Ao que parece, era do conhecimento da organização da CPV que os partidários nacionalistas estariam presentes, tendo estes garantido uma participação alinhada na marcha, sem dar primazia à referencia ao PNR, levando faixas da sua autoria. Mais, predisporiam-se a estar na cauda da multidão.
Contudo, segundo sei, alguém da organização terá recebido mal os membros do partido que se deslocaram à Maternidade Alfredo da Costa, alegando que estes tinham simbologia referente à Juventude Nacionalista, estando assim a quebrar o combinado.
A única questão que me suscita esta reacção por parte da organização da CPV prende-se com todos os outros movimentos que levaram os seus símbolos. Porque, se a intenção era a não partidarização da acção, acabou por resvalar para a discriminação de um grupo de participantes por serem os tais nacionalistas a quem o BE apelida de "nazi-fascistas".
Trata-se, no meu entender, de um caso de preconceito motivado pelo medo de estragar a leitura que a estrema-esquerda e outros defensores do "sim" fariam daquela moldura humana. Curioso notar que, ao pretender afastar o PNR, saiu-lhes o tiro pela culatra: quase todos os órgão de comunicação social deram destaque à presença dos nacionalistas.

No Caminho da Vida

Como o António já deu conta, também estive na Caminhada pela Vida que se realizou ontem em Lisboa. Apesar do frio extremo que se fazia sentir na manhã de Setúbal, soube bem acordar cedo e enfrentar a temperatura baixa. A causa que me esperava na capital era, e afinal sempre será, a de uma Vida inteira!
Fiquei bastante impressionado com a organização, a adesão de movimentos de todos os quadrantes, a presença de entidades estrangeiras e, sobretudo, com a espantosa participação de jovens. Fez-me pensar numa esperança que tantas vezes esmorece no dia-a-dia.
Percorri várias vezes todo o comprimento da marcha e garanto-vos que nunca tinha participado numa de tão grande envergadura. Depois de um quarto de hora a andar, pus-me a caminho da cauda da manifestação e só parei no Saldanha, ponto de partida já há muito deixado para trás pela frente da multidão. Espantosa a dimensão real de tudo aquilo, mais os gritos, as palavras de ordem, a música sempre a tocar, as bandeiras, as faixas, as famílias, os idosos, as crianças (que belo testemunho deram...) e, destaco novamente, a juventude: jovens alegres de viver, convictos do que estavam a fazer, deram alma ao acontecimento. No fim, a chegada à Fonte Luminosa foi magnifica. Parecia uma invasão! Milhares de pessoas encheram imediatamente o relvado. E o frio? Quem queria ainda saber do frio?!
Vim para casa convencido da possibilidade de vitoria e com esperança num futuro melhor. Tão simples como isso. Acresce a honra de ter caminhado com os caros correligionários António Bastos e Filipe Gonçalves.

Só achei menos feliz a posição que a organização tomou relativamente à presença do PNR. Mas disso tratarei mais tarde.

Marcha pela Vida

Participei ontem, apesar do frio glacial, com a minha família, o meu amigo Simão, o correligionário Filipe, e lamentando a ausência do amigo Corcunda, na Marcha pela Vida. A Marcha foi muito concorrida, tendo partido da maternidade Alfredo da Costa e terminado na Fonte Luminosa onde houve várias intervenções difíceis de seguir devido às deficientes condições acústicas.
É sempre muito gratificante ver todas as famílias que participam com os seus filhos e netos, um autêntico hino à Vida. Isto é tanto mais precioso quanto vivemos num país em implosão demográfica, implosão essa que o governo procura a todo o transe acentuar ao tentar impor-nos a liberalização do infanticídio pré-natal, qual Herodes, travestida de despenalização do mesmo. A esta derrocada civilizacional chamam eles “eufemisticamente” progresso. É este o “progresso” dos progressistas. O mesmo “progresso” que levou à destruição da nossa agricultura, da nossa marinha mercante, da nossa frota pesqueira, do nosso ensino, do nosso ambiente, das nossas ex-colónias que usufruem hoje de níveis de vida “invejáveis”, e à alienação da nossa soberania para uma entidade externa, isto para não ser exaustivo. Voltando à questão do infanticídio pré-natal resta-nos esperar que esta marcha, bem como todo o trabalho notável que tem estado a ser desenvolvido a vários níveis (campanhas de sensibilização, blogs, debates etc…) surta o seu efeito, o que parece ser o caso tendo em conta o aparente desvairamento nas hostes infanticidas que, ao verem-se cada vez mais sem argumentação, desataram a apostrofar com os habitais epítetos do politicamente correcto dignos de um Vychinski (procurador público nos processos de Moscovo), todos os blogs que não alinham pelo mesmo diapasão. Tal conduta é reveladora do substrato totalitário dos mesmos e ajuda-nos a compreender a frase de Orwell que dizia muito justamente: “o totalitarismo é inseparável de uma pedagogia constante da suspeita e do ódio”. Dificilmente uma frase se poderia aplicar melhor aquilo que vivemos actualmente em Portugal.

28.1.07

É HOJE!

MOBILIZAÇÃO GERAL
14H - MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA

26.1.07

Então e eu?!...

Eu já me queixei a quem de direito, mas não há meio! Tive a pachorra de me acusar em sede própria, desmascarei-me por completo e mesmo assim...
O KGB não quer nada comigo, por mais "fascista" que eu seja! E vejam que chego ao ponto de ser tão "nazi" como o amigo Corcunda. Certo é que não em tão grande estilo (ou melhor, em tamanha crueldade de alta patente das SS), mas fiel à mesma raiz ideológica: andar de braço esticado a qualquer porco ditador totalitário que para ai apareça ou tenha deixado legado histórico.
Porque não julguem que ser nacionalista monárquico, integralista e tradicionalista, seja defender qualquer coisa de bom. Não! É das coisas mais vis, mais horrendas. É ser-se de extrema-direita racista, xenófoba e altamente violenta. É ir para estádios de futebol cantar musicas dos Ódio e gritar "morte aos pretos".
A extrema-esquerda da mulher Helena Pinto sim, é de valor! É o Marx e o Engels, mais o Lenine russo e o Lenine francês Robespierre, misturados entre um Estaline salvador do mundo, uma Coreia do Norte de progresso acentuado, uma Cuba de amplas liberdades e um 25 de Abril limpo de qualquer mancha de sangue.
Mas eu só não entendo, caríssimos ilustres senhores deputados e apoiantes, simpatizantes e militantes cívicos pela democracia plena do BE, como é que se têm esquecido de mim e da minha captura em casa própria que é esta de onde vos escrevo.
Por favor, levam-me para o gulag. Eu acho que mereço a correcção do campo de concentração siberiano.
António Bastos, também não queres ir?

25.1.07

Louis XVI (e a irreverencia que nos falta) II

Da dissolução

A demissão do Estado em questões de ordem moral é uma das piores heranças da malfadada revolução francesa, e a questão do aborto é paradigmática desta realidade. A não invasão do intimo, ou daquilo que nele foi confinado como consciência individual e inviolável pelo colectivo, é a face do Estado que não se compromete. Mais, é a realização do individuo movido pelo primado da vontade, subjugando qualquer outro motivo que, assim, passa automaticamente a ser de menor valor.
À republica democrática compete julgar o que a ela se opõe. Ou seja, que contradiga a lógica relativista do individualismo ou ponha em causa o carácter anti-dogmático do conhecimento. É por isso que o juízo de valor passa a ser da responsabilidade única do cidadão, como se a moral não fosse mais do que uma escolha gnóstica da vontade. Aqui se apresenta a separação total entre o social e o individual e se preconiza a igualdade perante a lei e a diferença nos valores, remetendo à justiça o papel de defensora do regime e aos indivíduos a escolha do Bem e do Mal.
Todos sabemos quais foram as resposta ideológicas a este fenómeno, desde o nacional-socialismo até ao comunismo. Um no totalitarismo da vontade de um povo assente no pressuposto racial, outro no determinismo do materialismo dialéctico pré-disposto a negar o passado e a garantir o futuro igualitário, sem alteração e ininterrupto na eternidade do mundo físico. Acaso esquecemos nós que para Marx a consciência era apenas um estado da matéria e que em pouco mais distinguiu o Homem do restante?

O que ao Estado falta, sendo sua obrigação, é a condução moral, obedecendo ao que de exterior ao próprio Homem existe. O que na república democrática podemos encontrar é a negação dessa responsabilidade e o marasmo total de um aglomerado de pessoas unidas na máquina pública de soberania, ou seja no abstracto.
Enquanto não encontramos o caminho que nos religue à perpetua manutenção dos valores que nos são superiores, não alcançaremos a estabilidade moral que destrua a convulsão social. E se assim não for, todos serão donos da verdade e não haverá jamais uma verdade que una um povo.

Abbé Pierre

Faleceu no passado dia 22 o famoso Abbé Pierre fundador da associação dos “Chiffoniers d’Emmaus” em 1956 em França, e que está igualmente presente em Portugal. A associação recebe os momos de que já não precisamos e revende-os organizando para tal “Bric-à-bracs” (como estes lhe chamam), revertendo então o lucro para ajudar os necessitados ou para fazer face aos encargos inerentes ao funcionamento das suas casas nas quais são acolhidas pessoas em dificuldade. Até aqui tudo bem o projecto é, sem dúvida, meritório. O problema prende-se mais com a personalidade tão mediática do famoso “abbé” que teve uma vida plena de aventuras, com incursões na política como deputado pela esquerda (não sei nome do partido) e com vários casos amorosos, e que é um perfeito exemplo da diluição de valores da França e do esbater das fronteiras entre aquilo que um católico pode defender ou não. Talvez em grande medida seja essa a razão pela qual os media o “mimaram” tanto, visto que ao exibir publicamente as suas lamentáveis opções políticas, isto já para não falar do próprio facto de ele fazer política enquanto padre, está-se a veicular a mensagem de que:
- os socialistas ou comunistas é que são bons para os pobrezinhos, logo
- não há qualquer tipo de incompatibilidade entre o facto de ser católico e socialista ou comunista.

O 1º argumento é facilmente rebatível. O que os socialistas fazem é utilizar os pobres para extorquir riqueza a quem a produz, tornando-os “subsídio dependentes” e criando sinecuras na administração pública (rendimento mínimo por ex.).
Quanto ao 2º é triste que alguém que, em princípio deveria estar mais bem “apetrechado” intelectualmente para escapar a estas ciladas se deixe enlear e, pior ainda, leve os outros à confusão como foi o caso do “Abbé”. Bem sei que muitos padres caíram nesta mesma confusão mas a diferença é que nem todos são tão mediáticos. Na mentalidade dominante em França os pobres são bons e os ricos são maus, o que resulta da subversão das bem-aventuranças feita pela propaganda do regime. Daí a confundir os pobres do evangelho com os pobres materiais vai um salto e a trocar os Evangelhos pelo “Capital” vai outro, ainda mais pequeno, e que em casos extremos pode mesmo levar a pegar em armas como foi o caso na América do Sul dos movimentos influenciados pela triste “Teologia da libertação”. Estamos perante autênticas heresias que minam a Igreja e levam à perda de muitos fiéis para muitas seitas, sendo necessário bons pregadores com uma sólida formação intelectual, visto que Satanás está sempre à espreita de um deslize ou de uma fraqueza.

24.1.07

Onde andam as meninas?


22.1.07

Da vontade e da verdade

Por mais que quisesse que o meu computador fosse um Mac, não passa de mais um PC. É a dura realidade, e desta vez sem requerer grandes exercícios filosóficos. Chego lá facilmente.
Ora, o que eu me questiono sempre que penso em democracia é se, acaso a maioria decidisse que eu tinha um Mac, isso passaria a ser verdade. E como a resposta me parece óbvia, nunca hesito em declarar-me anti-democrata.

O problema nesta coisa toda do aborto nem é se existe ou não uma vida humana às dez semanas. Disso estamos certos, não há volta a dar, não se discute! Trata-se é de saber em que raio de sistema vivemos nós que nos permite substituir a realidade pela vontade. Pior: em que reconhecemos a verdade mas podemos ultrapassa-la, por uma necessidade social da mulher que o estado não saiba, não consiga nem queira resolver, ou outra consideração inconcebível acerca da validade, do valor ou da utilidade de um ser humano em formação. A mulher decide, senhora e dona da realidade, relativizando-a à medida da sua conveniência, tantas vezes em condicionalismos apertados que não lhe deixam fuga mais fácil que a facilidade de inverter os papeis: apontar a gravidez como causa de todos os males, quando a pobreza que a afecta ou a vontade que a aprisiona na ilusão de ser detentora da verdade, são sim os problemas essenciais.
O que eu gostava de estar a reclamar na rua era o apoio do estado social (essa maravilha espectral que inventámos) às mulheres que transportam vidas humanas no ventre. Apoio para acabar com a pobreza e com a falta de informação acerca da prevenção. Mas é mais fácil quando a vontade se alia ao carácter imediato que quase sempre a acompanha, já que o aborto é um ápice e o défice veio para ficar. E mesmo se resvalarmos para a questão económica, acabamos a concluir que os nossos impostos vão suportar (vão?) remessas de vales em branco assinados pelo governo, para clínicas privadas (ai o privado, esse bicho que subjuga o proletário) poderem preencher com os mais sofisticados, ultra-moderníssimos e caros métodos de matança precoce.
No fim fica tudo igual?
Talvez as mulheres fiquem tão pobres como estavam. Mas o estado alarga a despesa, o privado (ai, esse bicho que subjuga o proletário) alarga a receita e nós... nós? Manchamos as mãos de sangue!

Do Aborto



(em construção)

21.1.07

O dia do martírio de Luís XVI

Comemoram-se hoje 214 anos de um dos acontecimentos mais tristes da história de França, de que esta (e não só) ainda hoje sofre as consequências, e ao qual Balzac chamou “a missa negra da história de França”: a decapitação de Luís XVI. Este acto horroroso, hediondo e ignóbil representa o culminar de um processo revolucionário desencadeado com o “descarrilar” dos Estados Gerais, convocados em 1788 pelo Rei para implementar uma reforma fiscal, e é o acto fundador da I República Francesa (1792-95) marcada pelo terror inerente à dinâmica totalitária do regime. Como é sabido desde há alguns anos que Luís XVI tentava, sob conselho de ministros notáveis como Turgot e Calonne, reformar todo o sistema fiscal do Reino para repartir de uma forma mais justa o esforço fiscal. A França na altura encontrava-se na situação caricata de, sendo o mais rico da Europa, ter o Estado em falência. O crescimento da despesa pública (que diabo, onde é que já ouvimos falar disto?) devia-se igualmente a uma centralização crescente, como Tocqueville nos mostra no seu clássico “L’Ancien Régime et la Révolution”, centralização essa que a República veio reforçar muitíssimo. Contrariamente à habitual versão “politicamente correcta”, o poder real nada tinha de tirânico, senão não teria tido quaisquer dificuldades em fazer as reformas necessárias e das quais Luís XVI demonstrou ter uma perfeita noção, estando mesmo muito avançado para a sua época. Não podemos esquecer-nos que este recebeu uma educação digna de um Príncipe (tinha o título de Duque de Berry antes de subir ao trono) e tendo sido influenciado por Montesquieu. Independentemente de o considerarmos mais ou menos pusilânime, é sempre fácil, e difícil, julgar à posteriori, mas de uma coisa não podemos duvidar: da sua integridade, do seu sentido do dever, da sua Fé. Quando vemos o tristíssimo estado da França actual, governada por cleptocratas como Mitterrand e Chirac, vemos até que ponto esta regrediu e se encontra em total deliquescência. Que melhor homenagem a este Grande Homem do que deixar-vos o link da “Association Louis XVI” onde poderão ler o testamento do Rei mártir escrito no dia de Natal de 1792, menos de um mês antes de ser executado.

Finalmente, e para desfazer equívocos, colocamos uma fotografia do actual Chefe da Casa Real Francesa: o Duque de Anjou e Bourbon, nascido (ironia do destino!) em 25 de Abril de 1974, Luís XX para os legitimistas. O último Rei a reinar em França, Luís Filipe um “rei” liberal, usurpou a Coroa ao seu primo Carlos X e obrigou-o a impedir o acesso ao Trono do seu filho, o Duque d’Angoulême, o que à luz das cinco Leis Fundamentais do Reino não tem qualquer valor jurídico.

Louis XVI (e a irreverencia que nos falta)

Rectificação

No primeiro post que escrevi neste blog referi a mudança de nome da Causa Real, para Fórum da Democracia Real, quando na realidade me referia ao Fórum Monarquia Portugal. Um leitor, se bem que de uma forma não muito correcta, comentou esse facto alertando-me para a gralha pelo que aceito e agradeço a crítica com toda a naturalidade e humildade e faço a devida correcção.

Barracas televisivas

Muito se tem dito e escrito sobre a saga do concurso, já de si bastante ridículo, dos “Grandes Portugueses”. Foi algo que desde logo nasceu torto, entre outras razões, por se querer apresentar uma visão da história de Portugal do século XX conforme aos cânones do regime actual, ao suprimir uma personagem incontornável desse período, independentemente da opinião que se tenha dele: António de Oliveira Salazar. Pergunto: não teria sido tudo muito mais simples se, com toda a naturalidade, este tivesse sido incluído desde o início na referida lista a concurso, à qual tem todo o direito? Querer reescrever a história a seu proveito, algo que os vencedores sempre fazem, é um acto prepotente e estúpido. Ocorre-me neste momento uma frase de Orwel: “Quem controla o passado de um povo controla o presente e o futuro”. Porque será que um regime que se tem em tão grande consideração e se considera dotado de todas as “virtudes”, como de resto estes 32 anos o provam, tem necessidade de recorrer ao “historicamente correcto”? O que tem a temer? Apesar de toda a diabolização, o antigo Presidente do Conselho durante a II República consegue um resultado que, pasme-se, supera largamente o dos “grandes estadistas abrilinos”. Que mistério! Será que o povo ensandeceu? Ou é mal agradecido para com os que o libertaram da “longa noite fascista”? Será que aqueles tão ciosos das prerrogativas do “povo soberano” se esquecem de que a Constituição da II República (República Corporativa Portuguesa de 1933) até foi referendada contrariamente à actual Constituição da III República (aquela que nos leva a caminho do socialismo e da construção de uma sociedade sem classes)?
Outro aspecto que, como monárquico, me agrada é o facto de, entre os 10 finalistas e, à excepção de Salazar, Cunhal (devido à mobilização dos comunistas), Pessoa (por ser um poeta) e Aristides S. Mendes (por ser em grande medida um mito construído), todas as outras personagens são do tempo da monarquia, o que é normal porque foi sob a Instituição Real que Portugal se formou. Qual o legado do actual regime para as gerações futuras? “Elefantes brancos” (estradas, “Expôs” 98, estádios, Casas da música, etc. …) cuja construção serviu, em grande medida, para transferir bens públicos para a posse de privados ligados evidentemente à partidocracia. Como escrevia outro dia o meu amigo Simão: “quando é que fechamos o circo?”

20.1.07

VIVAHÁVIDA

Estive ontem na acção de formação que aqui se divulgou. Organizada pela associação VIVAHÁVIDA (Setúbal) e acolhida pela Paróquia de S. Sebastião, revelou-se como uma agradável surpresa. Confesso que ia um pouco a medo, na ideia de se tratar de mais uma pequena reunião de pessoas com voto decidido, sem grandes consequências. Mas fiquei bastante impressionado, quer pela apresentação feita, intitulada "Referendo ao Aborto ou Aborto de Referendo", quer ainda pela troca de ideias quando à acção de rua.
A maior iniciativa terá lugar dia 3 de Fevereiro, em Setúbal, com uma grande marcha desde a Igreja de S. Paulo até ao centro da cidade. Desde já, estão todos convocados, Setubalenses ou não, para estarem presentes em mais uma batalha pela vida. Levem cartazes, bandeiras ou simplesmente a vossa voz para juntar a tantas outras e gritarmos, bem alto, contra a barbárie do infanticídio no ventre materno.

A VIVAHÁVIDA é uma organização de apoio à mulher grávida.
Contactos:
vivahavida@gmail.com
918251641
934767676
969940701

19.1.07

Da grandeza do sistema (III)

Há sem dúvida uma intenção clara na exclusividade da participação telefónica. Nos Grandes Portugueses, muitos dos votantes de Salazar não estão na metrópole e votaram maioritariamente por via electrónica. Mesmo os que cá estão!
E convenhamos que, em todo o caso, custa mais levantar o auscultador e pagar 60 cêntimos. Coisa que para as sedes dos PCP, artilhadas de telefones pagos pelo comité, não será tão difícil.

18.1.07

Do jornalismo de causas

A propaganda, consequência imediata da falta de isenção, rigor e objectividade, é o apanágio da imprensa portuguesa. O declínio da classe faz, neste caso, a ascensão do 4º poder. Quando a instrumentalização toma o lugar da informação, é fácil confundir a opinião.

Exemplos do jornal PÚBLICO, numa só edição (18/01/07):
aqui
aqui
aqui
aqui

Do bom combate

No dia 19 de Janeiro, sexta-feira:
Em Setúbal, às 21 horas: Sessão de esclarecimento da Associação VIVAHÁVIDA (Setúbal), na Igreja de São Sebastião.

Do "sentido dramático da vida"


Mondscheinsonate,Beethoven

16.1.07

Da grandeza do sistema (II)

É a lista dos democraticamente eleitos "grandes portugueses". Como o sistema tem destas coisas, não se espantem com os nomes riscados. Primeiro, pelo simples facto de figurarem na imagem. Segundo, pela intenção clara em risca-los.
Se Salazar ganhar, vou sair à rua para festejar. E que venha alguém calar-me, nem que seja autoridade republicana, que eu não paro! Em caso de dúvida, estarei a celebrar a vitória democrática de Salazar, bem como a consequente e inegável auto-anulação do poder popular.

Para votar no Dr. António de Oliveira Salazar: 760 10 2003

Utopia versus Realidade

Comprei ontem, após várias tentativas, a revista “Atlântico” deste mês devido ao artigo do Rui Ramos sobre o hipotético reformismo do Partido Socialista, tão consensualmente louvado na generalidade dos meios de comunicação mas que na realidade mais não é do que um “bluff”. O artigo faz uma resenha destes últimos 32 anos da III República e da forma como um partido quase desconhecido em 1974 (tinha sido fundado no ano anterior na Alemanha) se viu, fruto do golpe militar do 25 de Abril e, segundo o autor, da necessidade de fazer face ao projecto totalitário dos comunistas, catapultado para o poder sendo o seu principal inspirador. O PS confunde-se com o regime e, como a história no-lo mostra, é visceralmente avesso a quaisquer reformas da sua “menina dos olhos”. É, como diz Rui Ramos, o “verdadeiro partido conservador do regime”. No fundo o PS (porque será que este partido nunca se designou também por “português”?) sabe que reformar o regime é destruí-lo. O modelo de “Estado social” que ele impôs ao país por intermédio da Constituição de 1976, com o voto do PSD, levou à hipertrofia do Estado o que faz com que uma grande parte da população activa dele dependa directa ou indirectamente. Perante a ausência de verdadeiras reformas, como se pode constatar, entre outras coisas, pelo contínuo aumento da despesa pública, qual a alternativa no contexto actual? Voltar o PSD para o governo? O que é que isso muda? Nada. O regime do “bloco central” está totalmente esgotado e com ele a partidocracia que nos levou ao estado que todos sabemos. A história mostra-nos que ninguém abdica de privilégios de livre vontade. É por isso que, sendo o regime (com tudo o que isso implica) em grande medida a causa da actual situação do país, não pode ser a solução. A pressão fiscal já é esmagadora e desincentiva a criação de riqueza. Assistimos actualmente a um “braço de ferro” entre a ideologia do regime, a utopia igualitária, e a realidade. O problema é que, como dizia Revel: “uma utopia torna legítima uma desconexão entre as intenções e os actos. Ela permite exigir que sejamos julgados pelas nossas intenções e não pelos actos.” Quando penso nas promessas maravilhosas do pós 25 de Abril de que iria “correr leite e mel” e o estado a que o país chegou compreendo bem esta frase de Revel. Continuo a perguntar: quão fundo teremos de descer para que finalmente algo seja feito?

14.1.07

Da grandeza do sistema (I)

Ontem estava ali, copo na frente e companhia de luxo, quando pensei: então mas não é ridículo que o Cristiano Ronaldo, mais um actor de meia tigela e um assassino revolucionário sejam grandes portugueses?
Só depois me lembrei que vivemos em democracia.

Mas calma! Há outra coisa. É que a Maria Elisa disse que os Bragança jamais sairiam do Jet7 e que o Afonso Costa tinha conseguído a separação entre Igreja e Estado, "como convém".
Ora digam lá que ela não é uma funcionária publica e pêras!

E já agora, quando é que fechamos o circo?!

12.1.07

A “Banalidade do mal”

O título deste pequeno post inspira-se, como muitos dos leitores já se devem ter apercebido, no subtítulo de um livro escrito por Hannah Arendt na sequência da sua deslocação a Jerusalém para assistir ao processo de Adolf Eichamann (1961), raptado na Argentina pelos serviços secretos israelitas em 1960 (se não me engano), na qualidade de repórter do jornal norte-americano “New Yorker”. Escolhi este título porque considero que define como “uma luva” o que se vive neste momento em Portugal com esta sinistra tentativa de liberalizar o massacre dos inocentes. No fundo o que estamos a assistir é precisamente à “banalização do mal” fruto de uma sociedade que, porque não tem qualquer vínculo a um Absoluto e consequentemente um critério de Bem, se encontra à deriva e em total dissolução. Caminhamos inexoravelmente para a nossa própria autodestruição, vítimas do totalitarismo do relativismo. Arendt no seu clássico “As origens do totalitarismo” considera que um regime totalitário tem a capacidade de levar a vítima a colaborar na sua própria autodestruição. Creio que as similitudes com outras formas de totalitarismo que o séc. XX conheceu são suficientemente explícitas…
Outro aspecto sinistro inerente à difusão do mal, e que de resto constitui a sua pré-condição, é o do diluir das consciências. Uma das manifestações do sagrado, do verdadeiro sagrado, porque falso sagrado é o que por aí não falta como por exemplo a crença desmesurada no Estado, no fenómeno político, a “crença panteísta nas virtudes de uma maioria” (expressão do Corcunda), em acontecimentos, em objectos e, por vezes em pessoas, é a consciência moral que nos permite distinguir o bem do mal e que pressupõe naturalmente o tal vínculo a um Absoluto (mesmo que por vezes dele não se tenha consciência). É por isso que é natural ao Homem que não devemos matar outros seres humanos. E isto é independente da cultura (no sentido antropológico do termo, não no sentido da quantidade de conhecimentos) na qual um homem tenha sido criado. A pergunta que devemos então colocar é: como é que é possível levar o Homem a violentar a sua própria consciência, isto é, a praticar o mal estando convencido de estar a fazer o bem ou, pelo menos, a não fazer mal? É aqui que entra em cena a ideologia que nos permite “chamar branco ao preto e preto ao branco”, a subversão do real. No caso de Eichmann ele diluía a sua consciência dizendo a si próprio que se limitava a cumprir ordens. Noutros casos a técnica é a desumanização, indo nalguns casos até à animalização da vítima (como no caso dos processos de Moscovo, por exemplo). É à primeira técnica que nós assistimos no caso dos defensores do sim à matança dos inocentes. É frequente ouvi-los dizer “eu até sou contra o aborto”. No fundo sabem bem que matar é, e será sempre um crime, daí a necessidade de evacuar a consciência.

Abortar mata (e o PS mente)

É sempre errado induzir em erro. Mas quando se trata de manipulação, pura e dura, a coisa fica mais feia!
O cartaz do PS aqui reproduzido, acresce a isso o facto de ser propriedade do partido com maioria parlamentar absoluta no Parlamento e governante da nação. E quando assim é - quando os governastes democraticamente eleitos usam desta desonestidade intelectual, também ela absoluta - é porque algo vai mal, profundamente mal, no sistema politico. Não se trata de informação. É campanha da pior, da mais vil, a lembrar outras manipulações históricas. É mentira descarada de alguém que, por isso mesmo e muito mais, só poderemos ver como precisamente mentirosos.
Confesso sentir alguma pena, esta sim sincera, ao ver o inimigo usar métodos tão desesperados porque indica, além da sua derrota nos argumentos, a consciência desse poder manipulador conseguir produzir frutos, ainda que podres. Ficamos pois com a podridão total, de um lado e de outro, que nem as melhores verdades conseguem enfrentar por carecerem do mais abjecto elemento construtivo do pensamento vigente: a capacidade de mentir.Na política, como em tudo o resto, Portugal vai aguentando o esquema imposto. A falácia toma conta de tudo, arrasa tudo, tudo deixa em ruínas. É o ciclo vicioso do embuste: o mentiroso convence, o cidadão acredita e a dependência mutua gera-se.
E isto para dizer que, afinal, José Sócrates não governa todos os portugueses. Talvez somente os abortistas e os mentirosos.

10.1.07

Matriarcado

Agora sim, está tudo dito. Afinal eles querem que a mulher mande, a sociedade se cale e o Estado pague.

9.1.07

Abortar mata

Sentei-me no café, mexi o açúcar, puxei um cigarro e comecei a morrer... de raiva. Estava em frente à maquina de tabaco e lia em letras garrafais: "FUMAR MATA". O curioso é que acabei o cigarro, já fumei outros tantos e ainda estou vivo. E a raiva, essa era contra a hipocrisia estampada ali, lá fora e em toda a parte.
O grande problema da informação é confundir-se com publicidade, ou trocar o interesse público pelo do público. Mas daquela publicidade mais barata e baixa, da que tenta vender a todo o custo e usa técnicas tais que o cidadão (transformado em potencial cliente) não se apercebe de estar a ser ludibriado, enganado, manipulado. A política democrática que precisa de vender produto - perdão, fazer campanhas politico-publicitárias - percebeu a necessidade imposta pela lógica de mercado liberal. Trata-se de fisgar a pessoa, tenta-la a entrar na loja e obriga-la a comprar. Pelo meio, passam-se mensagens mais ou menos importantes, conforme o contexto, sempre de um parcialismo estupidificante.
O exemplo de "FUMAR MATA" é um entre milhares. Já se sabe que se fosse "FUMAR PODE PROVOCAR DOENÇAS MORTAIS" era informação a mais, ninguém lia, não assustava tanto... e portanto mente-se, para seguir a lógica civilizacional que se criou.
Ora, o caso do aborto é precisamente igual, mas ao contrário.

Democracia Real (?)

Hoje falando com um amigo dos Arautos d’El-Rei tomei conhecimento de que a Causa Real se passou a chamar Fórum da Democracia Real. É triste assistir a este resvalar deste movimento para o “buraco negro” do politicamente correcto. Depois daquela triste cerimónia do lançamento do livro de Mendo Castro Henriques já tudo há a esperar! O termo democracia é um dos termos mais banalizados e abusados do léxico político actual. Não nos esqueçamos de que os antigos regimes comunistas da Europa de Leste se chamavam “Democracias populares”, ou que o partido republicano após o golpe de Estado do 5 de Outubro se auto-rebaptizou de partido democrático apesar de não dispensar dos serviços daqueles “meninos de coro angelicais” da Carbonária. Será que muitos dos “monárquicos” que se pavoneiam por esse Fórum sabem a que é que se referem quando falam de democracia? Referem-se à “partidocracia” que nos desgoverna há 32 anos? Será que os sucessivos governos que temos tido são do “povo”? Como é que num país (não somos só nós na Europa) em que o maior “partido”, ou candidato presidencial, é a abstenção se pode falar de governo “do povo”? Porque é que os partidos detêm o monopólio da representação política em Portugal (e noutras democracias liberais)? Gostaria que esses ´”monárquicos” respondessem, ou pelo menos tentassem, responder a estas perguntas que, creio, são da maior pertinência e actualidade. Creio que estamos hoje exactamente a assistir ao desmoronar desse mito jacobino do “governo do povo”. É essa, penso, a grande lição dos referendos holandês e francês à malfadada “Constituição Europeia”. Quando pensamos que os parlamentos desses países a teriam aprovado por largas maiorias somos obrigados a constatar que há uma profunda crise de representatividade o que nos leva a questionar a forma de representação política e com ela a própria democracia.

Novo meteorologista

Inicio hoje as minhas “lides blogosféricas” após ter sido sujeito a um fogo cerrado por parte de dois grandes amigos, apesar de os conhecer há pouco tempo. Um deles é naturalmente o fundador deste blog, que tem sido incansável, ao ajudar-me a vencer os inúmeros receios, não totalmente superados diga-se, e o outro é naturalmente aquele senhor que tem uma ligeira protuberância dorsal, qual Quasímodo (sem ofensa!), que através dos seus comentários no “Estado do tempo”, ou por vezes na “Pasquinada”, tem igualmente manifestado o seu ensejo de me ver “domiciliar” na blogosfera .
Decidi então colocar o meus humildes “engenho e a arte” ao serviço desta cruzada por Portugal, para que ele não sucumba a estes “novos infiéis” que por aí abundam. “A vigília hoje é nossa” mais do que nunca, vivamo-la pois em Cristo, para que “Portugal se cumpra e reencontre a sua vocação!”

5.1.07

No caminho da Vida

No âmbito da campanha pelo Não à liberalização do aborto até às 10 semanas, os diversos movimentos e associações envolvidos estão a organizar a Caminhada pela Vida, no próximo domingo, 28 de Janeiro, entre as 14:00 e as 18:00, desde a Maternidade Alfredo da Costa até à Fonte Luminosa.
Venham e tragam a vossa família, amigos, vizinhos... Todos juntos PELA VIDA!!!

4.1.07

Alameda 4

Leitura desta noite: número 4 da Alameda Digital, dedicado à defesa da vida.
Indispensável!

3.1.07

Do contraditório

Ainda estou para saber como é que a eleição do Chefe de Estado se coaduna com a privatização da instituição que encabeça. Mas o Portucalense deve ter a resposta! Aguardo-a com alguma ansiedade.

Laicismo e Laicidade

Tem razão o António Bastos ao reparar na necessidade de distinguir laicismo e laicidade, na sequência de duas entradas nesta barraca. Mas não foi só o meu caro amigo e correligionário a preocupar-se com a distinção! Segundo parece, a Associação República e Laicidade achou mesmo indispensável enviar um e-mail a este vosso humilde escriba, para melhor esclarecimento da questão.
O que tenho a dizer ao António é simples: quando aqui escrevo "laicidade", quero obviamente referir-me ao "laicismo", como doutrina que pretende conferir às instituições públicas um carácter supostamente neutro relativamente a qualquer confissão religiosa. Optei, contudo, pelo primeiro termo para estabelecer uma ligação indirecta com a referida associação, já que anteriormente me tinha centrado na sua acção. No entanto, reservo-lhe toda a razão pela incompreensão dessa intenção. A culpa é minha.
Quanto à missiva recebida dos republicanos laicos, agradeço-a na medida em que viesse esclarecer algum equivoco, o que não é o caso. Estranho, no entanto, verificar que o meu endereço de correio electrónico figura na listagem de e-mails da associação! Primeiro porque não o solicitei. Segundo porque não há qualquer hipótese de conversão! Mesmo assim, renovo a gratidão pela disponibilidade de Luís Mateus (presidente da R&L) achar por bem contribuir para a discussão, o que é salutar e de saudar.

Apontamento II (blogosfera)

Pronto, eu sei que parece que o apontamento anterior cai precisamente no mesmo erro que denuncia. Mas enfim, é para verem o ridículo e aparente contraditório da situação.
Penso que à blogosfera ninguém poderá retirar a Liberdade que representa e é em si, sob pena de se degenerar. Contudo, essa Liberdade de maiúscula distingue-se da libertinagem quotidiana das nossas sociedades pela condução responsável que toma. Não há verdadeira Liberdade sem responsabilidade. E o que quis dizer é que estamos a interpreta-la mal na área nacional.
Temos uma missão: fazer da Liberdade um serviço ao nacionalismo. Ou não temos?

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A propósito, leia-se esta entrada no Pasquim da Reacção. (15h40)

Apontamento I (blogosfera)

Reparo que parte da blogosfera nacional poderá transformar-se, a curto prazo, num espaço de crítica vazia, duma nulidade desconcertante, ao ponto se centrar em si mesma. Não que a discussão deste fenómeno seja estéril. Mas acontece que há uma certa tendência para o acessório, desnecessário, fútil... e para fugir ao essencial.

1.1.07

Dupla ressaca

Regressado a casa depois de uma excelente estadia a propósito do final de ano, sou brutalmente confrontado com o podre de Setúbal. Do podre mais fétido! A qualquer parte que vá marca-me o regresso sempre igual: a desolação de encontrar a terra do Sado no estado lastimoso destes 32 anos de esquerda. Uma cidade pobre - aliás, paupérrima - sem planeamento urbano nem vida cultural. Um sitio cadavérico, parado na estagnação do regime, conservado no liquido comunista e nos mais banais estereótipos mentais das versões oficiais da história. Como banais são as pessoas, duma banalidade desconcertante por troçar de tudo o que lhe fuja. Quanto a juventude setubalense só a que "foge a sete pés", todos os dias, nos autocarros que partem para Lisboa. De resto, só os basofes e o "canhão" na mão de algumas bestas infelizes que vagueiam pelos bares da avenida, tristes por não terem uma família normal e não saberem - o que é ainda pior - a razão para a calamidade dessa instituição.
Setúbal é uma cidade morta, à beira da cova, sem comércio nem industria. Feia pelo abandono a que a votaram e os maus tratos que lhe deram, está entregue a bichos políticos da pior laia e proporciona sempre, sem excepção, um tornar a casa revoltante.

Um excelente 2007 para os meus caros amigos, de preferência numa cidade viva. Por aqui, sobrevive-se na clandestinidade do desterro.