Dupla ressaca
Regressado a casa depois de uma excelente estadia a propósito do final de ano, sou brutalmente confrontado com o podre de Setúbal. Do podre mais fétido! A qualquer parte que vá marca-me o regresso sempre igual: a desolação de encontrar a terra do Sado no estado lastimoso destes 32 anos de esquerda. Uma cidade pobre - aliás, paupérrima - sem planeamento urbano nem vida cultural. Um sitio cadavérico, parado na estagnação do regime, conservado no liquido comunista e nos mais banais estereótipos mentais das versões oficiais da história. Como banais são as pessoas, duma banalidade desconcertante por troçar de tudo o que lhe fuja. Quanto a juventude setubalense só a que "foge a sete pés", todos os dias, nos autocarros que partem para Lisboa. De resto, só os basofes e o "canhão" na mão de algumas bestas infelizes que vagueiam pelos bares da avenida, tristes por não terem uma família normal e não saberem - o que é ainda pior - a razão para a calamidade dessa instituição.
Setúbal é uma cidade morta, à beira da cova, sem comércio nem industria. Feia pelo abandono a que a votaram e os maus tratos que lhe deram, está entregue a bichos políticos da pior laia e proporciona sempre, sem excepção, um tornar a casa revoltante.
Um excelente 2007 para os meus caros amigos, de preferência numa cidade viva. Por aqui, sobrevive-se na clandestinidade do desterro.
Setúbal é uma cidade morta, à beira da cova, sem comércio nem industria. Feia pelo abandono a que a votaram e os maus tratos que lhe deram, está entregue a bichos políticos da pior laia e proporciona sempre, sem excepção, um tornar a casa revoltante.
Um excelente 2007 para os meus caros amigos, de preferência numa cidade viva. Por aqui, sobrevive-se na clandestinidade do desterro.
3 Comentários:
Só nós sabemos... nós, Deus e o malte!... Que saibamos também ser sempre VVs, à boa maneira bohemesca, em noites que não acabam deixadas levar por conversas que nunca hão-de findar.
um forte abraço
e uma questão "pertinente":
Que queres fazer por Setúbal?!
Sugiro umas férias nas ilhas dos Açores, onde ainda sobra um pouco de Portugal.
Só estive em Setúbal há uns bons anos, e mesmo assim em Tróia - que é um pouco... diferente?
Malte?
Caro Flávio,
Nunca fui às ilhas! É uma falha que tenho de colmatar com alguma urgência.
A Península de Troia já não é concelho de Setúbal, estando no entanto associada à cidade pela proximidade e comunhão com o Rio Sado. Temo contudo que se perca a proximidade afectiva depois de terminadas as obras de empreendimento turístico da Sonae. Penso que aqui a capital de distrito não vai conseguir responder em condições.
E o malte, meu caro amigo, é obviamente o do whisky!...
abraço
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