O DISCURSO DE BENTO XVI
O discurso do Papa Bento XVI inscreve-se num tempo de carência de valores éticos e morais. O sentido colectivo da vida deixou de contar. O individualismo, o hedonismo tomaram conta de nós. Este discurso de enorme densidade filosófica e teológica foi vítima de erros de interpretação. O Papa não fala do Islamismo, mas da Fé e da Razão. Diz que a Fé não pode, à força, impor-se à Razão, devendo ser esta a imperar. A Razão está no diálogo entre religiões e na liberdade de expressão, valores defendidos pelo Papa. O texto que citou da Idade Média serviu para explicar que o Islão não pode ser imposto à força.
Embora o Papa deva ter toda a prudência quando fala em público neste mundo perigoso, porque também pode errar (esbateu-se, felizmente, o dogma da infalibilidade do Papa, estabelecido em 1870 no Concílio Vaticano l), aqui não errou e, por isso, não tem de pedir desculpas por um acto que não cometeu. O Ocidente vive com medo. Não podemos deixar que o medo vença e que os senhores do “Islão da Violência” nos silenciem e amordacem uma cultura de paz e de tolerância religiosa.
Rui Rangel, Juiz
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