15.9.09

Aljubarrota

Tive recentemente o prazer de visitar o “Centro de interpretação da Batalha de Aljubarrota” inaugurado há quase um ano pelo social-democrata que preside à república a que nos condenaram. O referido centro foi construido, entre outros, pela Fundação António Champalimaud, devido à vontade expressa por António Champalimaud no seu testamento, e encontra-se na vila de S. Jorge (Batalha), isto é, no local exacto da onde ocorreu a batalha. Da visita fazem parte, para além da exposição permanente que nos procura integrar no contexto da época e compreender o desenrolar dos acontecimentos que culminaram na batalha de Aljubarrota, um filme muito bem feito e que nos dá bem a dimensão do esforço épico de um punhado de homens para defender algo que para eles era inegociável, a soberania, algo que reencontraremos mais tarde em 1640. Saí dali interrogando-me sobre que sentido tem hoje falar em soberania, sabendo nós a forma abjecta e escandalosa como os traidores abrilinos de uma só penada mandaram às urtigas todo o esforço daqueles homens (e dos que se lhe seguiram e fizeram o nosso Império), quer na forma criminosa como entregaram as colónias à voragem dos comunistas permitindo assim a muita dessa rapaziada enriquecer escandalosamente à custa da infelicidade dos seus compatriotas, quer na forma como entregaram a nossa debilitada soberania a uma entidade supra-nacional. Portugal é hoje um país fantoche entregue aos burocratas de Bruxelas. Paz à tua alma, Portugal!

3.9.09

Escândalo

No passado domingo fui excepcionalmente à missa na igreja de S. João Baptista do Lumiar. O pároco da referida paróquia brindou-nos com uma homilia na qual pontuaram alguns elogios à nossa “estimada” constituição devido às suas abundantes referências à igualdade. Facto no mínimo surpreendente sabendo-se a mesma obra de republicanos socialistas e laicos, logo maçons. Mas adiante. O pior estava para vir. No momento da Comunhão e, ao chegar a minha vez, como de costume, abri a boca esperando recebe-la. Qual não foi o meu espanto quando a senhora que a estava a dar me disse: “Dê-me a sua mão!” enquanto me enfiava à força a hóstia na mão. O pároco, que estava ao lado desta senhora a dar igualmente a Comunhão, apercebendo-se da minha estupefacção e recusa em comungar desta forma olhou para mim e disse: “Aqui é assim!” Confesso, com vergonha, que perante a situação e para evitar mais trocas de palavras acabei. Saí dali furioso, com o pároco e comigo próprio por ter cedido. Este insigne modernista permite-se mandar às urtigas, não só a carta do Cardeal Patriarca (de quem sei ser muito amigo) e que dizia claramente que ninguém pode ser impedido de comungar na boca, como tudo o que Bento XVI tem dito sobre a forma correcta de comungar. Até quando teremos de suportar estes mafarricos de sotaina? Não haverá meio de lhes fazer o que Cristo fez aos vendilhões do templo?

2.9.09

Cegueira ideológica

Tendo estado ausente em França por razões familiares, ouvi na rádio ao regressar a Portugal que o governo, não contente com o imenso descalabro que é o ensino no pós 25 de Abril, decidiu prolongar o ensino obrigatório até ao 12º ano. Eis a dinâmica igualitarista democrática, e por isso inimiga da autêntica mobilidade social, isto é, fruto do trabalho honesto e não do facilitismo, em todo o seu esplendor. Ao baixar-se o grau de exigência do ensino está a criar-se nas massas a ilusão de uma mobilidade social., a criar frustrados (lá dizia o sinistro S. Just “Os infelizes são o poder da terra”) e a impedir que aqueles que, oriundos de um meio familiar menos intelectualmente estimulante, possam adquirir um mínimo de conhecimentos de cultura geral (e o gosto pela sua aquisição) para suprir essa carência de origem, bloqueando-se assim na prática a mobilidade social. Isto já para não falar em todo o condicionamento ideológico do ensino. Com que autoridade se lamenta o excesso de licenciados em tantas áreas do mercado de trabalho? E a ausência de técnicos qualificados? Esta medida é, na boa tradição da esquerda, um hino à estupidez e uma declaração de ódio aos mais desfavorecidos. Há 35 anos que somos vitimas desta malta. Paz à tua alma, Portugal!