4.12.09

Minaretes

Foi com satisfação que soube do resultado do referendo realizado na Suíça no passado domingo a propósito da possibilidade de construção de minaretes. Que magnífica demonstração de coragem face ao matraquear permanente dos media a favor do resultado contrário. Mas o mais divertido tem sido observar as reacções de jornalistas, de políticos, comentadores de “referência”, que vêm apelar à abjecta tolerância. Que magnífica bofetada que as “elites” levaram! O resultado deste referendo, que de resto e como de costume nenhuma sondagem previu bem antes pelo contrário, veio mais uma vez mostrar o profundo e crescente divórcio existente entre os povos e os seus “representantes”. Uma das reacções mais patéticas veio do famoso “soixante-huitard”, Cohen-Bendit, que no mais puro espírito “democrático” europeu, leia-se de Bruxelas, ao qual os irlandeses recentemente foram submetidos, veio apelar à repetição do referendo. Não deixa de ser interessante constatar o supremo desprezo que estes senhores, cuja boca transborda democracia, nutrem pela expressão da vontade popular. Ocorrem-me neste momento as sábias, e de certa forma premonitórias, palavras de Burke:

“You will smile here at the consistency of those democratists, who, when they are not on their guard, treat the humbler part of the community with the greatest contempt, whilst, at the same time, they pretend to make them the depositories of all power.”

O referendo tem dado ocasião a muitos debates e mesmo sondagens “on-line” feitas na sua maioria por jornais e todas confirmam o resultado suíço. Em França, na qual há várias mesquitas em construção nomeadamente uma muito grande em Marselha, os edis estão preocupados com o clamor crescente a favor de um referendo local sabendo eles que tal se saldaria por uma enorme derrota do “politicamente correcto”. Estamos fartos desta “elites” traidoras da nossa Civilização, e por isso anti-cristãs, no fundo as mesmas que comemoraram cá em Lisboa a ratificação do “Tratado de Lisboa”. Quando e como nos libertaremos destes senhores? Impossivel responder a esta pergunta, o que é preocupante.