29.12.06

2007

Vou de viagem. O Estado do Tempo volta a 2 de Janeiro. Desejo a todos os visitantes e amigos desta barraca uma "boa entrada" e um excelente ano 2007, repleto de graças.
Até lá, se Deus quiser.

Tudo e nada - a religião do Estado

A laicidade é uma opressão igualitarista. Há quem não considere as partes do todo, quem não distinga as parcelas da totalidade.
É por isso que Cristo incomoda na secretária de uma repartição pública. Entender-se-ia ser uma parcela do bolo nacional, ali representada. Mas não, para a laicidade um presépio não pode invadir o Estado para não quebrar a falsa harmonia igualitária. E pensar que os Estado laico somos nós, e que nós não somos todos iguais... ou não será esse o "principio" da tão proclamada tolerância?
A contradição só pode ter consequências directas de anulação, quer da diferença quer do carácter público. Se o Estado não a assume, perde-se o pressuposto nacionalizador... ou pelos visto não!
A utopia tem destas coisas: destrói-se a si própria, mas engana até ao último momento. Entretanto, anulam-se as diferenças, contam-se as vítimas e o Estado é confessionalmente laico.

ps: já agora, aquela bandeira faz algum sentido num Estado laico?

28.12.06

Nas ruas da amargura

O orçamento para 2007 aqui da Junta de Freguesia contempla uma rubrica aberta para iluminação pública, no valor de 10 euros!! Diz o presidente comunista que por "iluminação pública" deve entender-se a de Natal. Digo eu que ou vai comprar duas filas de luzes aos chineses ou nem a porta da Junta enfeita. Mas enfim, é uma rubrica aberta...

Dedico a ressaca das filhoses:

Ao António Bastos, pelo e-mail
Ao Vitório Rosário Cardoso, pela viagem
Ao JSarto, pela lembrança
Ao FSantos
Ao Corcunda
Ao Pedro Guedes
Ao Paulo Cunha Porto
Ao Demokrata
e ao Bic Laranja, pelos comentários

A todos retribuo os votos de boas festas, desejando-vos um Santo Natal e um excelente ano 2007.

24.12.06

O Verbo fez-Se carne

Puer natus in Bethlehem, Alleluia.
Unde gaudet Jerusalem. Alleluia.


Hic jacet in præsepio, Alleluia.
Qui regnat sine termino. Alleluia.

Cognovit bos et asinus, Alleluia.
Quod puer erat Dominus. Alleluia.

Reges de Sabâ veniunt, Alleluia.
Aurum, thus, myrrhum offerunt. Alleluia.

Intrantes domum invicem, Alleluia.
Novum salutant principem. Alleluia.

De matre natus virgine, Alleluia.
Sine virili femine; Alleluia.

Sine serpentis vulnere, Alleluia.
De nostro venit sanguine; Alleluia.

In carne nobis similis, Alleluia.
Peccato sed dissimilis; Alleluia.

Ut redderet nos homines, Alleluia.
Deo et sibi similes. Alleluia.

In hoc natali gaudio, Alleluia.
Benedicamus Domino: Alleluia.

Laudetur sancta Trinitas, Alleluia.
Deo dicamus gratias. Alleluia.

22.12.06

Da ofensa total

Desisto de tentar compreender a noção de liberdade desta gente (e quem são eles afinal?!...) já que não a entendem fora do culto dogmático da laicidade do estado público. É, enfim, uma liberdadezeca disfarçada, daquela que mantém a ordem das mentes na amalgama do colectivo igual e indistinto. Acresce o facto de não terem mais nada para fazer que não seja a profanação de um Presépio. Uma coisa é não querer vê-lo ali, segundo um certo sentimento de "ofensa" à tal liberdadezeca, outra é demonstrarem-no desta forma! Serão estes senhores uma espécie de policia do pensamento?

ps: post dedicado ao regresso de um pseudo-monárquico, também ele ofendido.

21.12.06

Desaparecido em combate

O que é feito de Jorge Arbusto?!

Caiu mal

A entrevista de D. Manuel Clemente à Magazine Grande Informação de Dezembro peca por pequenas grandes coisas. A par da palavra solidariedade aparecer em demasia no seu discurso - enquanto a caridade não é sequer lembrada - está a afirmação que ainda complica a digestão do almoço de hoje:
Jesus Cristo não faz discursos sobre a vida e sobre a morte, não apresenta nesse sentido uma filosofia.

Boas notícias...






... as que me chegam da faculdade. E para bom entendedor, a imagem basta.

Prémios - Conjurados 2006

O Estado do Tempo ficou na 6ª posição na categoria de Melhor Revelação em 2006. A minha vénia a todos os que votaram aqui na barraca. Cumprimento especial ao blog O Restaurador da Independência, e parabéns pela iniciativa Conjurados 2006

Mutações

Aquele vermelho feria a vista. Assim lê-se melhor - penso eu!
E como quem não quer a coisa, prepara-se a barraca para a esperada escrita do amigo António Bastos. Está para breve...

20.12.06

Do fundamental (II)

Do fundamental (I)

Deste excelente texto do amigo Corcunda, destaco a seguinte ideia - ou será melhor dizer "verdade esquecida"?. É obrigatório seguir a sequência de entradas Uma ideia para Portugal. É obrigatório pensar o regime, assim:

19.12.06

Dúvida existencial ou aselhice declarada

Continuo sem saber como editar os títulos das entradas aqui da barraca! Por exemplo, fazer itálicos. Algum dos meus estimados leitores explica como posso fazê-lo?

18.12.06

Leituras de Natal

Duas aquisições importantes:
Os Panzers da Guarda Negra de Jean Mabire e Afrika-Korps de Paul Carell.


Comprados a preço de alfarrabista na Livraria UNIVERSO. Fica na Rua do Concelho, na baixa comercial de Setúbal, junto à Câmara Municipal. Vale a pena ir lá!

Não.

É a minha resposta ao "Bond... James Bond".
Vi ontem o Casino Royale pela primeira vez. Apraz-me dizer apenas:

O Bond nunca se apaixona;
O Bond não se deixa enganar por mulheres;
O Bond fuma;
O Bond tem carros com misseis;
O Bond tem invenções de todo o tipo;
O Bond é alto;
O Bond nunca desiste;
O Bond tem sentido de dever patriótico;
O Bond salva sempre o mundo;
O Bond é charmoso;
O Bond tem classe;
O Bond importa-se sempre com o Martini que vai beber;
O Bond não anda em carros Ford;
O Bond não espatifa um carro para salvar a namoradinha;
O Bond não leva tareia nos tomates;
...
Digo eu...

16.12.06

Brevemente...

Das coisas inúteis

- Não dizes nada sobre a conferencia de Teerão?
- Não.
- Porquê?!
- Porque aquilo não serve p'ra nada.

15.12.06

Da apropriação laica do Natal

Estes indivíduos são um bocadinho ridículos. E já agora, quem são eles?!...

A Beta

É uma gaja lixada! Nunca mais me largou. Dei-lhe trela e agora faz-me destas! Já os amigos Paulo Cunha Porto e Mendo Ramires se queixaram desta relação conflituosa. Ela não os deixa falar cá em casa, mal entram têm de calar-se. O Paulo tem mesmo de vir disfarçado de "amigo das gatas"! Ao que isto chegou...
Beta do caraças!

Escrita nocturna... (III)

Já não sei o que faço à janela!
Já não sei perder-me nela.

Os anseios,
os devaneios,
os clamores que dali soltei...
Foram todos no vento,
aquele que passa para se reconhecer
Deus.

E adeus.

Já não voltam mais
os gritos infernais
de quem desce à morte
não querendo ressuscitar.

E como não voltar à Vida?
Como não?...
Haverá outra ventura
maior?

Voltei.
Sim, voltei,
quase como quem não quer!
Se ficar não morro mais
e se não morrer não saio do perder.

À janela,
olhando o mundo fora dele,
espreitando apenas,
modificando apenas,
alterando pequenos nadas... apenas.

Apenas?!

Na janela sou e não sou.
Estou e não comungo.
Mas não fujo às penas.

Ninguém foge,
mesmo na janela,
e nem mesmo perdido dela.

Abre, sente, respira!
Da janela da Verdade a Verdade se inspira.

SRA

14.12.06

Fruto d' Avis

Alguém conhecia este blog?

13.12.06

Adiante

Cavaco não se cansa de reclamar o incompatível. Ele sabe bem, muito bem mesmo, quais são as causas da falta de ética política. Sabe mas não diz, ou não quer dizer, para poder recorre sempre ao chavão democrático de que o sistema vigente é o melhor entre os maus.
Aproxima-se o centenário da implantação, a "comemoração" da república assassina. O necessário é esquecer isso - ou afirmar que há fins que justificam os meios - e os tenebrosos anos de um Salazar que ainda vence nas urnas mediáticas. Há que fazer balanços de 30 e tal anos (os oficiais, claro está), mostrar-se constantemente "disponível para o diálogo" e reclamar que nos "deixem trabalhar". Essa é que é a verdade.
E a desmotivação seria admissível da nossa parte depois de ouvirmos Dom Duarte na SIC Notícias. A apologia da alegria, daquela que nos faz amigos para sempre, e a desculpabilização - ou o joguete - de dizer que Cavaco age como rei, são motivos mais do que suficientes para desanimar. Mas se a convicção for a do princípio que norteia as nossas ideias, o nacionalismo indispensável que não se submete à convivência com a Portugalidade de maçons que admitem colocar a soberania a prémio, seguiremos confiantes de que a máscara cairá do rosto dos farsantes.

Custa-me esta complacência alinhada. Custa a todos! Pelo menos aos que anseiam o restabelecimento da orgânica real. Mas avancemos...

Do Estado do Tempo

"Olha lá pá, o Estado do Tempo anda um bocado em baixo. Nunca mais escreveste como antes. São só poemas e fotos..."
Desculpa lá amigo, mas eu agora ando "muito ocupado"! Coisas desta vidinha, que tão bem conhecemos, entraves ao isolamento necessário para a prática bogueira. Mea culpa.
Mas se o António Bastos me ajudasse...

Requiem Eternam

Da privatização do Estado (I)

Debati (aquilo era um debate?!) com dois indivíduos, numa mesa de café com cervejas a enfeitar, a problemática da nacionalização de tudo e o seu inverso. Foi, enfim, assunto que fez remeter a questão monárquica para o campo do financeiramente aceitável e viável, coisa que nunca me desgostou de todo, embora não seja, de longe, o cerne da argumentaria. Mas no fim tudo se resumiu: "A nacionalização do Estado tende para o agravamento da carga fiscal. A privatização segue o caminho inverso".
Faz sentido falar disto?
Penso que faz todo o sentido.

(continua)

11.12.06

Escrita nocturna... (II)

Finda o Sol,
fica o Oriente!

A Esperança da Vida
que Se faz à Terra prometida,
Salva quem Lhe reconhece,
comprometida,
o Valor do que padece.

Por Amor,
por Caridade,
entrega a Vida ao Nascente,
que agora é Poente,
quase por Saudade.

Alimenta-A na noite,
na escura e tenebrosa loucura
dos que procuram o Infinito
com a calma da doçura.

Mas de um doce que enlouquece
constantemente, porque padece.
E o Amor que nunca se esquece
é todo ele loucura.

Vem Oriente salvar,
de raios que irrompem o medo.
Deixa só o temor
e o calor...
do Amor.

Manhã que tardas,
Manhã eterna da eterna Luz,
Vences a noite porque És eterna
e o teu Oriente é o da Cruz.

SRA

sobre a "Escrita nocturna..."

Iniciei aqui um série de publicações nocturnas, coisas da escrita na escuridão do mundo, em jeito de poesia desajeitada. Tratam-se de reflexos da alma na pena. Uma catarse, uma comunhão e participação do visível e invisível, quem sabe indizível, mas que nos aparece como credível. Pedaços de Fé e de Razão, ou da dependência mutua das parcelas, na significação das palavras, do verbo que encarna o sentimento, escrito e declamado, registado no papel.

Augusto Pinochet

10.12.06

Escrita nocturna... (I)

Integral Mátria!
Sangue da Nação,
Terra da Pátria.

Família orgânica
da real realidade.
Célula fundamental
de um sistema tal
que é o da Verdade.

Liberdade na obediência,
contradição contraditória.
Será livre, sem que pareça,
quem obedece à História.

SRA

8.12.06

Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria (II)

Selo comemorativo do III centenário da proclamação da padroeira de Portugal.

Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria (I)

- Murillo, 1678, Museu do Prado (a que se reproduz nas paredes de onde escrevo) -
A propósito, ler o que escreve o amigo misantropo.

6.12.06

Da desonestidade intelectual (III)

«Eis o erro primeiro da discussão sobre o aborto: o valor a ter em conta não deve ser a Vida, mas sim a Mulher, também ela com maiúsculas, sagrada e anterior e a quem o Estado deveria proteger. E eis aqui, também, onde o discurso óbvio dos militantes do "Não" impressiona mais, porque parece ignorar que a Mulher é parte interessada em todo este assunto».
Rita Barata Silvério in revista Atlântico, nº21

Fantástico! O valor Mulher sobrepõe-se a tudo, até ao valor Vida! Magnifico! Viva a Mulher, Viva! Ah, e já agora, que se dane o homem, esse ser maxista que só lá vai pôr a sementinha...

5.12.06

Alameda 3

Ora vão lá dar uma vista de olhos neste nº3 da Alameda Digital. É obrigatório!

Da desonestidade intelectual (II)

Segunda falácia dos defensores do aborto:

"O aborto resolve..."

Falso. O aborto remedeia. Afirmar que a prática abortiva suprime os condicionalismos sociais que a provocam (quando os há) é negar a possibilidade de resolve-los na raiz. Ora, a sensibilidade social da esquerda, aquela de que se apoderaram como detentores, perde-se na falácia da lógica abortiva como consequência da pobreza ou violação, por exemplo. Como se não bastasse, este remediar camuflando acarreta a morte de um Ser Humano. A pobreza material não se agrava e o crime não cresce (pelo menos directamente), mas a moral morre.

4.12.06

Ponha gasolina

O caro correligionário das Combustões anda meio sem combustível? Passe já numas bombas e abasteça com depósito cheio! Se há coisa que não pode parar é a reacção explosiva da sua casa.

3.12.06

Da desonestidade intelectual (I)

Primeira falácia dos defensores do aborto:

"Ninguém é a favor".

Esta é facilmente refutável, pois há quem defenda a prática abortiva como consequência da vontade da mulher, para além das comuns causas dos condicionalismos sociais. Aliás, é precisamente essa "liberdade" que o referendo aprova caso vença o "Sim", pelo que se conclui que até o simples facto da abstenção na votação e/ou na posição é de concordância com o consentimento legislativo de tais acções, num retrocesso civilizacional claro. Diz o povo, e bem, que "quem cala consente". É neste sentido que qualquer distanciamento desta causa da Vida é nefasto para a sua vitória. A Igreja tem tido, e infelizmente terá, um grave peso nessa contribuição, fazendo negar o papel que lhe cabe.

Da nova conjura

Depois de ter deixado em branco o 1º de Dezembro, apraz-me apenas referir que conjurei com ilustres correligionários, num bom combate pela Vida. O debate já aqui dado a conhecer, foi a derrota total da falácia pró-abortiva. Não pude estar presente até encerrar a troca de argumentos, mas fiquei bastante animado com o que ouvi. O amigo Corcunda, certo no raciocínio e nas palavras, 'limpou' qualquer dúvida que pudesse pairar sobre a questão: interessa esclarecer que há vida humana, única, irrepetivel, digna e inviolável. Entre sábias palavras, lá dei uma achega. É uma iniciativa a repetir, em maiores dimensões, e sempre com a presença deste confrade.
Destacaram-se também as presenças de António Bastos, Pedro Guedes, Vítor Ramalho e Vitório Rosário Cardoso. Pena não ter aparecido o caro amigo Paulo Cunha Porto.

Próxima iniciativa: