O estado da Arte
A “noção de Arte” perdeu-se na sua atribuição à criação “livre” e consequente interpretação subjectiva. A não existência de regras - o mesmo é dizer a ausência de definição artística - conduz, inevitavelmente, ao campo do relativismo. O objecto criado já não vale pela técnica e objectivo, antes se reduz à vontade do público. Interessa a mensagem, quase sempre implícita, de que as coisas dependem do “ponto de vista de um ponto”.
É precisamente nesta desnaturação da Arte que reside a sua decadência. De tão “livre” que se tornou não entende, nem alcança mais, a sublime dogmática do mundo.
1 Comentários:
Bourget dizia, no mesmo sentido, que a decadência em arte se aferia pela independência de que cada porção dela se revestia face ao todo. Sou menos duro, penso que a ausência do cânone ainda permite grandes realizações, desde que o Artista não prescinda da sua coerência interna. Caso contrário, as manifestações anárquicas do seu espírito transformá-la-ão apenas num índice de diagnóstico e, na melhor das hipóteses, numa medicina pragressa das suas depressões e paranóias.
Abraço.
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