Da dissolução
A demissão do Estado em questões de ordem moral é uma das piores heranças da malfadada revolução francesa, e a questão do aborto é paradigmática desta realidade. A não invasão do intimo, ou daquilo que nele foi confinado como consciência individual e inviolável pelo colectivo, é a face do Estado que não se compromete. Mais, é a realização do individuo movido pelo primado da vontade, subjugando qualquer outro motivo que, assim, passa automaticamente a ser de menor valor.
À republica democrática compete julgar o que a ela se opõe. Ou seja, que contradiga a lógica relativista do individualismo ou ponha em causa o carácter anti-dogmático do conhecimento. É por isso que o juízo de valor passa a ser da responsabilidade única do cidadão, como se a moral não fosse mais do que uma escolha gnóstica da vontade. Aqui se apresenta a separação total entre o social e o individual e se preconiza a igualdade perante a lei e a diferença nos valores, remetendo à justiça o papel de defensora do regime e aos indivíduos a escolha do Bem e do Mal.
Todos sabemos quais foram as resposta ideológicas a este fenómeno, desde o nacional-socialismo até ao comunismo. Um no totalitarismo da vontade de um povo assente no pressuposto racial, outro no determinismo do materialismo dialéctico pré-disposto a negar o passado e a garantir o futuro igualitário, sem alteração e ininterrupto na eternidade do mundo físico. Acaso esquecemos nós que para Marx a consciência era apenas um estado da matéria e que em pouco mais distinguiu o Homem do restante?
O que ao Estado falta, sendo sua obrigação, é a condução moral, obedecendo ao que de exterior ao próprio Homem existe. O que na república democrática podemos encontrar é a negação dessa responsabilidade e o marasmo total de um aglomerado de pessoas unidas na máquina pública de soberania, ou seja no abstracto.
Enquanto não encontramos o caminho que nos religue à perpetua manutenção dos valores que nos são superiores, não alcançaremos a estabilidade moral que destrua a convulsão social. E se assim não for, todos serão donos da verdade e não haverá jamais uma verdade que una um povo.
À republica democrática compete julgar o que a ela se opõe. Ou seja, que contradiga a lógica relativista do individualismo ou ponha em causa o carácter anti-dogmático do conhecimento. É por isso que o juízo de valor passa a ser da responsabilidade única do cidadão, como se a moral não fosse mais do que uma escolha gnóstica da vontade. Aqui se apresenta a separação total entre o social e o individual e se preconiza a igualdade perante a lei e a diferença nos valores, remetendo à justiça o papel de defensora do regime e aos indivíduos a escolha do Bem e do Mal.
Todos sabemos quais foram as resposta ideológicas a este fenómeno, desde o nacional-socialismo até ao comunismo. Um no totalitarismo da vontade de um povo assente no pressuposto racial, outro no determinismo do materialismo dialéctico pré-disposto a negar o passado e a garantir o futuro igualitário, sem alteração e ininterrupto na eternidade do mundo físico. Acaso esquecemos nós que para Marx a consciência era apenas um estado da matéria e que em pouco mais distinguiu o Homem do restante?
O que ao Estado falta, sendo sua obrigação, é a condução moral, obedecendo ao que de exterior ao próprio Homem existe. O que na república democrática podemos encontrar é a negação dessa responsabilidade e o marasmo total de um aglomerado de pessoas unidas na máquina pública de soberania, ou seja no abstracto.
Enquanto não encontramos o caminho que nos religue à perpetua manutenção dos valores que nos são superiores, não alcançaremos a estabilidade moral que destrua a convulsão social. E se assim não for, todos serão donos da verdade e não haverá jamais uma verdade que una um povo.
2 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Este senhor AB lembra-me um senhor amante da horticultura (de abóboras e batatas) de Vinhais...
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