Portas abertas
Paulo Portas é um homem de poder, para o poder e pelo poder. Não é novidade que quer, como sempre quis, fazer do CDS um partido que tome o espaço político do PSD. Aquela classe média de que Portas sempre falou gosta do poleiro que os laranjas lhe oferecem porque, quer queiramos quer não, a matriz ideológica social-democrata pouco interessa àquela estrutura partidária. Dirão alguns que são de centro-esquerda, outros de centro, ainda outros de centro-direita e, poucos mas significativamente alguns, de direita... enfim, moderada. É a salganhada que o PSD alberga, fruto desse arrivismo que proporciona, que o CDS do Paulinho das Feiras quer atingir. Ele sabe, como ninguém, que o PSD é o grande entrave de uma certa direita.
O homem tem porte, presença e imagem. Ninguém lhe tira o mérito do protagonismo que lhe têm oferecido nos últimos dias. Tudo de bandeja, como se tivesse chegado a manhã de nevoeiro. Sobretudo, Portas tem o estilo que escasseia nos poucos que em Portugal resistiram à loucura da ideia social do estado, à esquerda das garantias desresponsabilizantes do individuo e descaracterizantes da base moral. Em certa medida, Portas é quem consegue, bem ou mal, associar tamanha vontade de governar com tão persistente oposição a todos os clichés abrilinos do Portugal moderno.
A grande questão que tem que se colocar, sob pena de não compreendermos nunca o que move a atitude do lider centrista, é a de clarificar se o populismo que Portas cultiva serve a causa ou as pessoas da causa. E nada será de estranhar numa sociedade em que passam já 32 anos de camuflagem de intenções. É que a boa vontade esconde, por vezes, a execução do seu contrário. Normalmente, suplanta-se Portugal.
O homem tem porte, presença e imagem. Ninguém lhe tira o mérito do protagonismo que lhe têm oferecido nos últimos dias. Tudo de bandeja, como se tivesse chegado a manhã de nevoeiro. Sobretudo, Portas tem o estilo que escasseia nos poucos que em Portugal resistiram à loucura da ideia social do estado, à esquerda das garantias desresponsabilizantes do individuo e descaracterizantes da base moral. Em certa medida, Portas é quem consegue, bem ou mal, associar tamanha vontade de governar com tão persistente oposição a todos os clichés abrilinos do Portugal moderno.
A grande questão que tem que se colocar, sob pena de não compreendermos nunca o que move a atitude do lider centrista, é a de clarificar se o populismo que Portas cultiva serve a causa ou as pessoas da causa. E nada será de estranhar numa sociedade em que passam já 32 anos de camuflagem de intenções. É que a boa vontade esconde, por vezes, a execução do seu contrário. Normalmente, suplanta-se Portugal.
4 Comentários:
Pois,mas é a única migalha de esperança a que podemos,ainda,agarrar-nos.
Claro que não estou disposta a passar um cheque em branco-teremos de pagar para ver;e,se ,mais uma vez,"a montanha parir um rato",acho que se poderá dizer adeus a qualquer ilusão.Ou está a ver uma qualquer outra alternativa?
É certo que já me acostumei a estar de pé atrás,mas que sugere?Desistir?
Na minha opinião Portas poderá ser um copo de água fresca no âmbito do sistema. Mas é só.
análise perfeita. vale a pena a chegada, mesmo que para baralhar e dar de novo, até porque, em volta, só o deserto. para portas, é a hora. temo que não a nossa.
Não tem postado muito, foi de férias?
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