16.10.07

"Processo de Moscovo"

A RTP transmitiu ontem o seu habitual programa de “esclarecimento”, “Prós e contras”, cujo tema, “A Guerra Colonial”, foi motivado pela transmissão, a efectuar nas próximas semanas, de um documentário realizado pelo jornalista Joaquim Furtado com o intuito de explicar aos mais jovens o que foi aquele conflito. Confesso que é com grande apreensão que espero esse documentário que, a ser feito nos mesmos moldes em que foi feita apresentação dos concorrentes “não democratas” no concurso “Os grandes portugueses”, nada de bom pressagia. Havia participantes de diferente cor política mas tudo muito bem “orquestrado” para que a resultante das suas intervenções fosse nula, ou seja, para que ninguém ficasse esclarecido, como convém ao regime. No fundo uma bela forma de relativismo. Tudo naquele programa andou à volta de questões de terminologia tais como: se a guerra se deveria chamar colonial ou de libertação, se esta era justa ou não, ou ainda se os movimentos eram de “libertação” ou não. O que a maioria daquela plateia demonstrou acima de tudo foi a persistência das ideologias na mentes daqueles para que o Muro de Berlim não caiu dentro da cabeça e que, como tal, são e serão sempre totalmente incapazes de compreender o século XX (e o actual) e, neste caso concreto, a necessidade de combater pela defesa daqueles com quem convivíamos há séculos, e que tinham sido vitimas de uma agressão externa. Perante o chocante sofrimento daqueles povos que, por uma ignóbil traição, abandonamos à sua sorte continuar a utilizar a mesma cassete dos mitos jacobinos da “libertação”, do direito dos povos “autodeterminação” já usada no pós I Guerra Mundial na Europa sob a égide do triste Woodrow Wilson e com consequências catastróficas, é algo que só se compreende como reflexo dessa doença chamada ideologia, “chamar preto ao branco e branco ao preto”. Viviam infinitamente melhor antes da independência? Que horror, nem pensar nisso, eles sofriam os “horrores do colonialismo”! Hoje é que estão bem, estão “libertos”. Os processos de “independência” mais não foram do que formas de destruição de das economias locais para as colocar em total dependência das transferências dos países ocidentais, transferências essas que servem para engrossar o pecúlio dos “representantes do povo libertado” (vide o caso de José Eduardo dos Santos que é recebido com todas as honras cada vez que se desloca ao nosso país, e não só) pecúlio esse com o qual, para além de manter uma vida faustosa, podem adquirir armas o que contribui para o enriquecimento de alguns políticos ocidentais (o filho de Mitterrand está a ser, ou já foi, julgado por tráfico de armas para Angola) e industriais de armamento. Destacou-se no meio do debate pela sua verticalidade, coragem, integridade, objectividade e amor à verdade, o Ten. Cor. Brandão Ferreira, a quem desde já presto a minha homenagem, e que teve a coragem de chamar “branco ao branco” o que lhe custou ser vaiado por alguns dos traidores presentes na sala. Desmontar o argumento historicista de que a guerra estava perdida, mesmo quando a prática demonstrava o contrário, de que e era esse “o sentido da história” e de que a única saída possível para o conflito era a negociação, foi algo que Brandão Ferreira fez com grande eloquência e clareza mas que os ideólogos jamais compreenderão. Bem-haja, Ten. Coronel Brandão Ferreira!

4 Comentários:

Blogger Nuno Castelo-Branco disse...

Rebolava-me de gozo se o petrolífero amigo de Sócrates, o gospodin Vladimir Putin, abrisse os arquivos do KGB relativos a Portugal: quão gratas surpresas decerto poderíamos encontrar! Num país onde existiu a Inquisição durante quase 3 séculos, onde a PIDE medrou e onde a denúncia é hoje acicatada pelo próprio governo "democrático", decerto depararíamos com uma gigantesca lista de insuspeitos coscuvilheiros, delatores e alcoviteiros. E tudo Por Bem!

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Blogger Unknown disse...

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