Rerum Novarum
Terminei recentemente de ler na sua totalidade, visto que até agora apenas tinha lido excertos, a famosa “Rerum Novarum” de 1891 e que é habitualmente designada como a primeira das grandes encíclicas sociais. Neste caso e, como é sabido, esta pretendia ser uma resposta às ideias socialistas que simulavam querer responder ao problema da condição dos operários, submetidos que estavam na época a condições de trabalho que atentavam à sua dignidade de seres humanos, quando na realidade o objectivo era evidentemente o contrário. Partindo deste propósito Leão XIII escreveu um texto que abarca a generalidade da organização da sociedade que se quer cristã e que, por isso, deverá ter toda as suas instuições vinculadas à lei natural. Naturalmente que isto exclui à partida a possibilidade de as massas poderem alterar esse elemento agregador dessa mesma sociedade o que é obviamente excelente. Um documento que é uma obra-prima de bom senso e sabedoria e que por isso seria hoje considerado pelos meios “bem pensantes” como “fascista” e retrógrado. Uma dos aspectos que me levou a lê-la foi o facto de ter em parte inspirado Salazar, e aqueles que com ele trabalharam, na elaboração da Constituição da República Corporativa, a tal que para pesadelo dos democratas abrilinos, até foi referendada. De facto a defesa das corporações tem um grande peso nesta encíclica na qual não é feita a mínima alusão a partidos políticos. Mas oiçamos aquilo que Leão XIII diz logo no início da encíclica:
“O século passado destrui, sem as substituir por coisa alguma, as corporações antigas, que eram para eles (operários) uma protecção; os princípios e o sentimento religioso desapareceram das leis e das instituições públicas, e assim, pouco a pouco, os trabalhadores isolados e sem defesa, têm-se visto, com o decorrer do tempo, entregue à mercê de senhores desumanos e à cobiça de uma concorrência desenfreada.”
Quem, desprovido de “hipnose abrilina”, duvida ser hoje a exploração muito mais desenfreada, visto ser executada por “senhores desumanos”, do que antes do 25 de Abril? Ainda por cima estes mesmos senhores consideram-se de “amigos do povo”? Não sei porquê mas ocorro-me o nome de um jornal que Robespierre publicava ainda antes de 1789 e que se chamava precisamente, “L'ami du peuple”. Porque será que todo este edifício jurídico consubstanciado na Constituição de 1933 é hoje tão selvaticamente vilipendiado? Muito mais haveria a dizer desta grande encíclica mas hoje fico-me por aqui. Talvez no próximo post me venha a referir a ela mais uma vez.
5 Comentários:
Bah... hoje em dia não há cão nem gato que não fale da criação de uma Câmara Alta não eleita e composta por "entidades" (o nome giro e moderno para as corporações) capazes de discernir o que é ou não proveitoso para o país.
Muito bem lembrado, caro António. Hoje mais do que nunca é importante dar a conhecer o Corporativismo como verdadeira alternativa ao Capitalismo e ao Comunismo.
Um abraço.
"...é hoje tão selvaticamente vilipendiado?"
Pergunta e pergunta bem. Afinal o que os leva a amaldiçoar as regras jurídicas que deram forma à Constituição de 33, mais não é do que uma inveja de morte do Estadista que foi Salazar e tudo que conleva o seu regime. Salazar queria o bem do país e do povo. Eles, os traidores, querem o mal de ambos.
Como é que apatriotas internacionalistas, vigaristas especializados, burlões de alto coturno, conspiradores a soldo do capitalismo mundial, etc., podem apreciar alguém que não só foi um Patriota como um defensor estrénuo do seu povo e país, os quais colocava acima de tudo incluíndo o seu próprio bem-estar e riqueza pessoal? É impossível. Traidores que se vendem por trinta dinheiros odeiam os patriotas e os homens íntegros. O patriotismo é sinónimo do Bem na sua forma mais pura. A traição representa o Mal na sua forma mais perversa.
Eles não odeiam o antigo regime por ter sido uma ditadura e Salazar porque era fascista (como eles apregoam). Eles odeiam Salazar porque este Homem defendeu e protegeu intransigentemente Portugal e os portugueses contra os conspiradores, traidores e perversores durante os anos que governou. E normalmente este tipo de políticas defensivas e patrióticas só acontecem sob regimes autoritários, os outros regimes, porque permissivos à corrupção e fraude, não o permitem. Este foi o seu pior crime e consequentemente imperdoável. E isto - vender o Ultramar ao mundialismo e abrir o país ao assalto indiscriminado dos seus cofres e bens e conjuntamente sujeitar o povo à violência e ao crime gratuitos, do mais aterrador que é possível imaginar-se desde a primeira república, para além de e sobretudo terem aberto o país à entrada indiscriminada de drogas, cabendo à ingénua e generosa juventude (seu alvo principal porque o mais fácil) a iniciação, o incentivo e o consumo compulsivo das mesmas destruíndo dramática e irremediàvelmente parte dela - sendo este talvez o pior de todos os crimes perpetrados por aqueles que se auto-proclamam "governantes" e que mais não são do que assassinos institucionalizados e poltrões da pior espécie que nem as suas próprias famílias respeitam, já que também elas têm sido vítimas destes crimes como é do conhecimento geral - é que não podem perdoar não lhes ter sido facultado por Salazar. No seu diabólico conceito do que deve ser um "regime democrático", para eles sagrado - porque permite obter lucros fabulosos através da traficância, do crime, da violência, da libertinagem e da droga - o facto do anterior regime ter sido o seu exacto oposto foi o único pecado mortal pelo qual crucificarão e apostatarão para todo o sempre a memória do Estadista e o regime por ele criado.
Tivesse Salazar sido traidor, tivesse ele permitido estes perversores como seus pares políticos, tivesse ele deixado estes vendedores de pátrias levarem por diante a destruição de Portugal... (todos os seus amigos de partido e/ou ideologia, que com uma réstea de patriotismo se lhes opuseram, foram sendo mortos um a um, aliás prática corrente em todas as democracias, sendo esta, a par do medo instigado às populações, a única forma de elas sobreviverem e prosperarem) e hoje Salazar seria o seu máximo herói. A esta hora já lhe tinha sido erigida uma estátua mais imponente do que a do Marquês, toda ela coberta a folhas d'ouro, por aqueles que ao invés de o apelidarem de fascista e fazendo jus à sua cínica dialéctica, cognominá-lo-iam de herói anti-fascista e grande amigo do povo trabalhador.
Maria
António, bem podias fazer um post "daqueles" a respeito da actual raiva contra a canonização de Nuno Álvares. Desconfio muito de que o caso da furinbundice deriva apenas do MILAGRE de Aljubarrota. Estes merdas são capazes de tudo, pá...
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