Alguma coisa vai mal (alguma?)
Falou-se cá por casa, frente à televisão, que "quando as Forças Armadas estão descontentes é porque alguma coisa se passa ou vai passar". Atendendo ao facto dos militares dizerem que não foi para isto que fizeram o 25 de Abril, a coisa agrava-se. Primeiro, porque mostra alguma revolta institucional. Segundo, porque faz-nos questionar: então mas não foi o povo?!
3 Comentários:
Não nos podemos esquecer de que o fim das I e II repúblicas foi ditado pela intervenção militar. Pode ser que a, por nós tão ansiada, queda da III república venha também a ser feita pela Instituição Castrense. Como diz o povo "à terceira é de vez". Mesmo pondo de parte o meu imenso desejo de que tal aconteça o mais depressa possível e analisando a situação com a máxima objectividade possivel creio que é cada vez mais notória a incapacidade do governo em impedir a diluição do próprio Estado que, à custa de tanto querer fazer, se mostra cada vez mais incapaz de assegurar aquilo que de facto lhe competia. Há um total disfuncionamento de uma boa parte da máquina administrativa do Estado que a cada dia que passa nos suga cada vez mais dinheiro e nos dá cada vez menos em troca. Até quando?
O António Bastos levanta uma lebre interessante, Meu Caro Simão, sendo que, para já, gostaria de acentuar a vertente de confissão do declarante: com efeito, o inefáfel 25A obedeceu a uma lógica de defesa de interesses profissionais dos Senhores Capitães e a uma problemática respeitante ao estatuto dos miicianos. É pena que o tenham potenciado para deixar de cumprir as obrigações emergentes de uma situação que queriam melhorar, mas isso é a linha instituidora deste regime, que explica e legitima os passeios.
Abraço.
Caros
Parecendo muitas vezes que não, as forças armadas têm, em certa medida, o poder de virar às páginas do livro nacional. É isso que preocupou as gentes desta casa. Bem ou mal, já que os meus queridos país são republicanos, teme-se acumular de expectativas frustradas pelo tempo no seio militar e o levantamento da questão do sistema. O perigo, caros amigos correlegionários, é que as soluções tomadas pelas armas têm sido sempre contrários ao bem comum!
"Se ao menos os militares estivessem connosco...", diz sempre um amigo meu.
abraço
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