9.10.06

Cultivar a Morte

A entrevista intitulada “Direito à Morte”, acabada de passar no telejornal da SIC, não é ingénua. Para quem não viu, foi entrevistada uma mulher com cancro que reclama o “direito” a poder decidir sobre o terminus da sua vida.
A falta de ingenuidade denota-se em dois factores: a proximidade com o início da discussão pública sobre o aborto e a própria forma como a entrevista foi conduzida. Conceição Lino estava claramente com aquela mulher. Mesmo o nome da peça indiciava a solidariedade, partindo da afirmação e da defesa da opinião da entrevistada em vez de colocar a questão em aberto. Mas não, era uma declaração: “Direito à Morte”.

Como esta, muitas campanhas surgirão nos próximos tempos. Trata-se da mais elementar parcialidade do jornalismo nacional ao serviço da esquerda. Das iniciativas pela Vida nada dá conta, a não ser esta notícia no Correio da Manhã - que certamente estragou o pequeno-almoço ao cardeal de Lisboa.

Que a blogosfera não se cale nem se abstenha de participar nesta luta desigual, é o nosso dever.

1 Comentários:

Blogger SRA disse...

Carissima Maria
Tem razão em tudo o que diz. De facto a cultura da morte apoderou-se de todos os quadrantes da sociedade, e não discordo que se tenha iniciado em força no pós 1974, pelo menos em Portugal.
Resumiu num texto emocionado todos os sentimentos que me assaltam constantemente e a muito boa gente que ainda defende a Vida.
Neste momento de ínicio de luta contra a prática abortiva, temos de nos mobilizar em força.

cumprimentos

17:05  

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