12.4.07

Infanticídio pré-natal

Tal como era previsível Cavaco Silva promulgou anteontem a autorização de extermínio de inocentes a pedido da mãe até às 10 semanas vindo assim a dar mais um rombo na ilusão daqueles que ingenuamente pensaram que finalmente tínhamos um presidente de “direita”. Os exemplos têm sido vários desde a promulgação da lei da “Procriação medicamente assistida”, a forma como comemorou o golpe de Estado do 5 de Outubro imitando o socialista Jorge Sampaio, a aprovação da “Lei da Nacionalidade”, a estúpida “Lei da paridade” que é um insulto às mulheres portuguesas e agora esta hedionda lei do aborto fazendo “ouvidos de mercador” a todos os pedidos para que a vetasse. Cavaco enganou muito boa gente, entre a qual tenho alguns bons amigos, ao jogar no dúbio e fazer crer que era uma de uma certa cor política, que o seu historial poderia levar a pensar, quando na realidade era o “candidato oficioso” do PS, como o facto de ter por mandatário da campanha o mesmo de Sampaio deixava antever. A preocupação por ele manifestada de que se mostrasse uma ecografia à mulher grávida que pretende abortar parece-me uma tentativa fruste acalmar a ira dos defensores do “não”. Ocorre-me, neste momento, o exemplo notável do antigo monarca belga, o Rei Balduíno, que abdicou por um dia para não ter de assinar uma sentença de morte semelhante que violentava a sua consciência de católico. Só para que conste.
Onde está aquela Nação Fidelíssima que foi grandiosa porque espalhou a Boa Nova pelos quatro cantos do mundo e que hoje se vê reduzida a ter por “desígnio nacional” ganhar um campeonato europeu de futebol e assassina os seus próprios filhos? Paz à tua alma, Portugal.

1 Comentários:

Blogger Marcos Pinho de Escobar disse...

Excelente.

15:31  

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