Bonald
Espero, para breve, poder trazer aqui alguns excertos do livro que mais me tenham marcado e algumas considerações a propósito dos mesmos. Tudo isto “se a tanto me ajudar o engenho e a arte”!
Subindo anteontem a Av. Fontes Pereira de Melo deparei-me, ao passar no cruzamento com a R. Martens Ferrão, com um cartaz do ilustre membro da hagiografia do politicamente correcto, Che Guevara, no cinema Mundial. Nele estava escrito “Querido Che”. Para além das náuseas que a visão de semelhante personagem me causa interrogo-me: o que leva alguém a venerar um sinistro facínora fundador dos campos de “reeducação pelo trabalho” e cuja crueldade, arrogância, sadismo e desprezo pela vida humana, ficaram célebres na Cuba pós revolucionária? Será que esses imbecis que fizeram esse filme têm a noção de quem foi verdadeiramente Ernesto Guevara? Filho de “boas famílias” de Buenos Aires e tendo sido muito mimado pelos seus pais devido ao facto de sofrer de asma, rapidamente desenvolveu aquilo a que gosto de chamar o “espírito de Peter Pan”, isto é, o desejo de viver na “terra do nunca” onde o tempo não passa e somos sempre crianças o que mais não é do que uma fuga à responsabilidade. São estes os ingredientes para alguém se tornar socialista ou, mais genericamente, de esquerda. O Che declarava-se um grande admirador do Terror e dos massacres desencadeados pela Revolução francesa o que tentou imitar em Cuba com a ajuda do seu amigo Fidel. Há uma frase dele que vem citada no “Livro negro do comunismo” que me parece bem reveladora deste fascínio que ele tinha pelo “ódio eficaz que faz do homem uma eficaz, violenta, selectiva e fria máquina de matar”, ou ainda outra “não posso ser amigo de uma pessoa que não partilhe as minhas ideias”. Um belo exemplo da tolerância que o Simão refere no seu artigo da Alameda. Quanto tempo mais vamos ter de gramar com a figura repugnante desse paspalho de boina na cabeça e de olhar bovino que faz as delícias dos altermundialistas? Haja pachorra!António Bastos
Como é sabido, e foi noticiado por outros blogs, saiu recentemente mais um número da excelente publicação “Alameda Digital” a qual passa a contar com a colaboração do meu companheiro de blog, Simão. E era este facto que eu pretendia destacar visto que me regozijo com a sua inteiramente merecida inclusão no lote de colaboradores da dita publicação. O artigo com o qual ele se estreou chamado “Tolerar a tolerância?” é de grande actualidade visto que a tolerância, no sentido que lhe está habitualmente associado, nada mais ser do que uma falácia que apenas serve para nos obrigar a abdicar de posições absolutas tornando-nos “dóceis”. No fundo é uma forma de terrorismo intelectual. Além disso o referido artigo analisa muito bem o problema das ideologias, que mais não são do que a recusa do real e da verdade, a sua génese e a forma como progridem, sempre em termos dicotómicos. Tudo isto com uma linha de raciocínio muito clara e uma prosa fluída. Gostei muito da já habitual profundidade de análise aliada a uma grande maturidade que são características do muito grande amigo Simão. A referência à execução de Luís XVI como acto fundador do mundo contemporâneo é sempre oportuna visto que ao prestar uma justíssima homenagem a alguém que nos deu um belo testemunho de Fé, de integridade, de sentido de serviço, de ausência de rancor apesar de todas as humilhações a que foi sujeito, está-se a fazer a apologia de valores hoje tão em desuso e de que este mundo tanto carece.
É bom saber que neste país, e não só, em que tudo está feito, a começar pelo ensino, para gerar mentecaptos ainda há jovens cultos, que sabem pensar, que são íntegros, que têm Fé e que não hesitam