Sentido do ridículo
Atravessando ontem a cidade de Aveiro deparo-me a dada altura a meio da avenida principal (Lourenço Peixinho) com um cartaz de publicidade a uma exposição promovida pelo museu da Presidência da República e intitulada “Sentido de Estado”. Como é sabido o referido museu foi fundado pelo socialista Jorge Sampaio de nefanda memória e que tão exemplarmente demonstrou o significado da expressão “sentido de Estado” para esses senhores. O referido museu, entre outros objectivos destina-se a fazer a apologia dos “valores republicanos” entre os quais se destaca a tão famosa “ética republicana” da qual o regime faz diariamente prova na forma “exemplar” como como gere a “res publica”. Quando penso naquele cartaz é-me totalmente impossível não soltar uma gargalhada. Lembro-me de um livro que li há uns anos sobre esse outro grande exemplo de “ética republicana” que foi François Mitterrand e que o mais ilustre membro da “família obesa do Campo Grande” compreensivelmente tanto admira. Lembro-me igualmente daquilo que li (pouco) no livro “Memórias de um PS desconhecido”, bem como das “birrinhas” de Jorge Sampaio que usou o cargo para interferir na vida interna do seu partido e na forma como manteve o país em “águas de bacalhau” durante cerca de 12 dias enquanto se mantinha em “meditação transcendental” para decidir se deveria ou não dissolver o parlamento. Meditação essa na qual teve o precioso auxílio numerosos convidados ao seu ”Olimpo presidencial” que o vinham aconselhar em tão espinhosa decisão. Do que estes senhores necessitam em grandes doses é, para além de sentido de Estado, de sentido do ridículo. Até quando, meu Deus?
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