Exemplo de coragem
Falando recentemente com uma amiga, professora num conhecido colégio católico de Lisboa, soube de um acontecimento que lá se passou recentemente e que revela bem, por um lado, todas as mentiras que enxameiam os livros de história, e que são ditas às crianças mesmo num colégio que pretende ser católico e, por outro, o grau de imbecilidade de alguns professores bem “relativistas”. Este acontecimento teve como protagonistas uma professora de história e um dos seus alunos, o jovem Príncipe da Beira. O que é que se passou? Estando a professora a dar a matéria referente ao período do final da Monarquia constitucional e primeiros tempos da República, disse ela que a Família Real, devido aos seus gastos, contribuía para a grave situação financeira do país. Perante semelhante mentira e alarvidade o jovem Afonso de Santa Maria levantou-se e insurgiu-se contra esta afirmação ameaçando mesmo sair da sala caso a dita professora não retirasse o que acabava de dizer. A professora perante a insistência do jovem e como que para se justificar disse-lhe que aquilo era o que estava no livro e que, por isso, ela era obrigada a “papaguear” o que lá estava, independentemente de ser verdade ou não. Mas o mais grave foi ela afirmar que a posição do jovem era tão válida quanto a dela (ou do livro) e que, por conseguinte, ela respeitava a dele da mesma forma que ele deveria respeitar a dela. Lembro-me que durante a campanha para o referendo da liberalização do infanticídio pré-natal houve umas “luminárias” na Causa Real que quiseram participar na campanha apenas com o intuito de esclarecer mas sem tomar posição, isto é, para serem “tolerantes”, tal como esta mentecapta desta professora. Enfim é o “mundo moderno” em todo o seu esplendor. Não posso terminar este post sem deixar de enviar uma calorosa saudação ao jovem Príncipe da Beira (esperemos que um dia D. Afonso VII), BRAVO!
11 Comentários:
relativismo puro. é o relativismo e a imbecilidade próprios de quem se conforma em maquinar o que lê ou ouve, sem sequer atestar a veracidade dos factos.
quando confrontados, os argumentos e a lógica são 0.
Este post fez-me lembrar os inúmeros disparates que ouvi sempre dos meus ilustríssimos professores de história sobre o tribunal do santo ofício, por exemplo.
Não passavam de uns provincianos que não raras vezes, publicitavam nas aulas os seus próprios livrecos cheios de incoerências e mentiras.
Enfim.. é isto a modernidade.
E viva o príncipe da beira!
Sem vergonhas, medos, nem respeitos humanos, pela verdade.
Cara Magdalia
O que é grave é que toda esta mentira vai se generalizando de tal forma que são cada vez menos as pessoas que a ela reagem, daí o enaltecer do jovem príncipe. Há sem dúvida periodos da história que são particularmente susceptiveis de serem vitimas do "historicamente correcto", como o Tribunal do Santo Ofício, que muito oportunamente refere, ou a Revolução Francesa, mas o problema é que as pessoas não são formadas para pensar e acabam por se tornar automatos que se comprazem com "os enlatados do pronto-a-pensar".
Cumprimentos para si
Não te iludas. Assim que o rapaz começar a crescer, inventar-se-ão montanhas de fábulas atestando a sua estupidez, etc. Os seus mentores nem precisam de imaginar muito: bastará olharem-se ao espelho.
A atitude do jovem Príncipe da Beira enche de orgulho e esperança os monarquistas do lado de cá do Atlântico (Brasil).
Imbecilidade total demonstrada pela professora. E a vulgata pos-modernista ao servico -- e nesse servico e que esta a parte de leao do mal -- do politicamente correcto. Uma tragedia pedagogica.
Mas querera a Magdalia sugerir que a Inquisicao nao foi, no essencial uma instituicao censuravel? Gostaria de ouvir a sua opiniao. E que me parece que uma coisa e criticar uma professora imbecil por achar que a verdade e o que se adequar melhor as "sensibilidades" difundidas na "sociedade", outra coisa e protestar nao contra a falsidade mas contra o facto de ela estar ao servico de "sensibilidades" de que se nao gosta. De tal modo que a professora imbecil ja mereceria aplauso se declaresse que o "tribunal do santo oficio" foi, no essencial, um instrumento do bem e da justica.
Modernista
Caro Modernista:
Respondendo à sua pergunta, na minha opinião, a Inquisição não é de modo nenhum no essencial uma instituição censurável. E não o é precisamente pelo fim que visava. esse fim era a conversão dos hereges à fé verdadeira. Era a sua correcção e não o seu extermínio.
No essencial, o Santo Ofício tinha as mesmas funções que deveria ter hoje a famigerada Congregação para a Doutrina da Fé, com uma diferença substancial. A Inquisição sabia manter íntegro o depósito da fé e não tolerava os erros doutrinários. Pelo contrário, a congregação para a doutrina da fé limita-se apenas a fazer exortações, a dar conselhos e recomendações e já não manda com autoridade.
Existem, como saberá, muitas histórias fantasiosas sobre o Santo Ofício. Muitas foram as mentiras criadas em torno desta instituição, designadamente à volta da figura de frei Tomás de Torquemada, tão injustiçado, e sustentadas precisamente pelos livros de história que deveriam reflectir a verdade.
A historieta de que milhões de pessoas eram torturadas e queimadas nos autos de fé é uma falácia modernista e anticatólica. Não corresponde isso à verdade.
Como agravante, em Portugal, o desconhecimento histórico acerca da inquisição é muito grande já que os livros sérios publicados sobre o tema são quase inexistentes.
Obviamente, também houve exageros e situações de extremo fanatismo, de persecução de ambições desmedidas e promoção de interesses pessoais. Mas essas foram situações pontuais e não maioritárias como nos querem fazer crer os livros de história.
O que lhe estou a tentar dizer é que, no essencial, foi uma instituição necessária, adaptada ao seu tempo e apoiada por inúmeros santos.
Existem livros muito bons sobre a verdadeira inquisição. Provavelmente já os leu mas de qualquer forma deixo aqui a referência para quem queira conhecer melhor esta instituição e não saiba o que ler:
1 A Inquisição no seu Mundo, do professor João Bernardino Gonzaga;
2 o Manual do Inquisidor (obra existente em francês) do Grande Inquisidor Bernard Guy;
3 Histoire de l’Inquisition au Moyen Âge de Jean Guiraud (Ed Auguste Picard, Paris , 2 volumes, 1935) ;
4 AYLLÓN, Fernando. El Tribunal de la Inquisición; De la leyenda a la historia. Lima, Fondo Editorial Del Congreso Del Perú, 1997;
5 WALSH, William T. Personajes de la Inquisición. Madrid, Espasa-Calpe, S. A., 1963;
6 FALBEL, Nachman. Heresias Medievais. São Paulo, Ed. Perspectiva S. A., 1977 ;
7 MAISONNEUVE, Henri. L’Inquisition. Paris, ed. Desclée, 1989;
8 La Vera Storia dell Inquisizione de Rino Camilleri (Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001).
Quanto à professora, a imbecilidade dela está precisamente em maquinar tudo o que lê nesses livrecos de história mal contada. A tal senhora, como aliás a esmagadora maioria dos professores de história, infelizmente, não se dedica a fazer um estudo sério e criterioso das matérias a lecionar, de modo a dar aos alunos uma visão clara e objectiva da história, mas sim a debitar um conjunto de falácias generalizadas em tais livros. E tudo porque está no programa! É um absurdo. Esses professores de quinta são autómatas. Não procuram a verdade e não fazem qualquer reflexão crítica dos temas que são obrigados a lecionar. Não admira que não saibam o que responder quando confrontados com posicionamentos distintos ao que está no programa.
Saudações cordiais em Cristo
Acabado de chegar à net, acho que já escolhi os meus blogs preferidos. Este, o Combustões, o Corta-Fitas, o Estado Sentido, o Portugal dos Pequeninos e para variar, o Cinco Dias.
O rapaz parece ter genica, talvez um dia nos dê uma surpresa.
Pedro Matias
Lisboa
Gostaria de perceber onde pretende chegar o "modernista".
As ideias que apresenta parecem disparatadas e desprovidas de senso.
Porém, tal não se pode apreciar bem. É que, infelizmente, o Português que escreve é - pelo menos para mim - incompreensível.
O "modernista" desculpa-se por não ter o teclado adequado ao Português. Se calhar, disfarçadamente, está à espera que que alguém lhe dê 5 euros para instalar um no seu PC.
(Com pontinho.)
.
O que a professora se esqueceu de acrescentar ao menino Príncipe é que a única sucessora directa da coroa portuguesa foi D. Maria Pia de Saxe Coburgo Bragança, filha do Rei D. Carlos I de Portugal com D. Maria Amélia Laredo e Murca e, consequentemente, irmã do Rei D. Manuel II.
Talvez assim o menino entendesse melhor que o seu pai não é rei aqui em Portugal, nem nas inúmeras fantasias dele.
Este pateta do anti rei faz de conta, deve estar a referir-se ao "rei" dele, um mafioso vigarista napolitano, o tal Peidamani (que nome). Nem a tal gaja Maria Pia, que usava apenas um pseudónimo, porque o nome verdadeiro dela era Ilda e não passava de uma cubana daquelas do Tropicana, jamais foi filha do rei D. Carlos e da tal Murca (Murcona). Foi uma espécie de Anna Anderson que tivemos por aí (nem sequer aqui) e de Bragança não tinha nada. Mesmo que fosse, não tinha direito NENHUM à coroa, porque bastardos houve muitos. Este tipo deve andar a ganhar uns cobres à conta de alguem, já se sabe como é o esquema.
Pedro Matias
Lisboa
Anti rei faz-de-conta:
Chupa-mos!
Elá, sim senhor, folgo em ler o que li. Temos Reis.
E a Santa Inquisição foi "razoável" apenas porque acabou com os mouros e os judeus.
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